T02E07 - Cozy Little Christmas | Por: Oliver Porscher

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Cozy Little Christmas

Faltava uma semana para o natal, eu nuca fui muito fã dessa data. Pois eu gostava de menos agitação possível, mas na minha casa, o natal era o evento mais esperado do ano.

Então, quando dezembro chegava, com ele vinha a minha preguiça. Todo mundo ficava com mais pressa, em uma agitação só, mas eu só queria ficar na minha cama.

 Acordei  atrasado, tomei banho, me arrumava e passava 20 minutos procurando as minhas chaves morrendo de sono

— Cadê a Chave? — perguntei para mim mesmo. Procurei por todo meu quarto. Mas não achei. Então desci para o andar de baixo e fui ate a cozinha. Onde estava a minha mãe lendo o jornal que meu pai já tinha visto.

— Bom dia, a senhora viu a minha chave? — perguntei.

— Em cima do criado da sala — disse ela.

— Você é um anjo — disse a ela, beijando seu rosto.

— Você vai almoçar em casa? — perguntou.

— Não — disse pegando uma banana — porque? 

— Porque eu e seu pai vamos fazer compras para o natal na hora do almoço, suas tias vem para cá esse ano. — disse ela.

— Nossa — disse revirando os olhos — Crianças estão chorando, cachorros estão latindo e vamos conversar com pessoas que mal conhecemos. Muito legal.

— Menino, não fala assim do aniversario de Jesus — disse ela brigando comigo.

— Tchau mãe — disse indo para a porta.

Todo ano, o natal era na casa de alguma das irmãs da mamãe, um natal de rua mesmo, cheio de pessoa, e nesse ano não seria diferente. E eu odivava isso. A minha ideia de natal sera bem mais calma.

Um Pequeno Natal Aconchegante.

Peguei as chaves e sair correndo para a parada. Eu estava atrasado,  apressei meus passos, mas logo ouvir o ronco do motor do meu familiar e odiado transporte público. Dei um pulo e sair correndo, mas quando cheguei na esquina, ele já tinha passado.

— Mas que droga — disse para mim mesmo. Olhei o relógio inteligente no meu pulso e vi que eu estava atrasado. Muito mesmo. Eu precisava estar no estágio nas 8h em ponto, e já eram sete e dez da manhã. Não ia ter jeito, eu precisaria pegar o executivo.

Para quem não sabe, esse serviço é um micro ônibus mais “organizado e confortável” do que o ônibus tradicional. Porem ele custava mais caro, porem, ainda mais barato que um Uber de manhã. Fui  andando mais rápido enquanto abria o aplicativo no celular para checar quanto tempo levaria para o próximo executivo passar. Lá dizia que o próximo estava chegando, por isso corri por duas quadras até chegar  ponto da rota. Assim que cheguei lá. Eu vi ele se aproximando.

Respirei aliviado e fiz parada.

Sentei-me em uma cadeira no fundo, ao lado da janela. A viagem não seria muito longa, mas eu estava com sono. Então eu me encostei e dormir, despreocupado. Pois se eu sabia de algo, era que pobre tem o poder de acordar antes da sua parada.

Então tive um sonho estranho.

Um cara tinha sentado ao meu lado, estava com uniforme de uma academia bem famosa da minha cidade, mas no meu sonho, eu estava dormindo.

Eu estava sonhando, que estava sonhando. Claro que isso é loucura, mas é mágico.

O sono era tanto que acabei dormindo em cima do ombro dele. Que ficou meio incomodado no começo, mas logo deixou. Então depois de um tempo, ele me  ajeitou carinhosamente e colocou minha cabeça na janela, olhou para os dois lados e deu um selinho nos meus lábios. 

Orgasmos de Natal | Contos LGBTQ+Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora