Capítulo 4 - FINAL

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*Capítulo não Revisado*

— Mãe! Você não pode nos impedir de comer — resmunga, Thea — Olha o meu tamanho, irei definhar de fome

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— Mãe! Você não pode nos impedir de comer — resmunga, Thea — Olha o meu tamanho, irei definhar de fome...

— Não, mãe! Olha o meu tamanho, preciso manter meus músculos e não perdê-los antes de voltar a ativa — Jonathan, interrompe nossa irmã.

— Virou competição de quem morrendo mais rápido de fome? — pergunta, Dominic — Se for assim devo acrescentar que sou um pai de primeira viagem, estou sofrendo muitos surtos apenas em imaginar minha pequena Hope adulta. Devo ter prioridades.

— Isso não vale, também sou um pai de primeira viagem, devo ter mais prioridade, pois minha menina ainda não nasceu — Henrique entra na brincadeira.

— Devo acrescentar que também sou pai? — pergunta, Alaric.

— O direito está comigo, pois minha filha está crescendo rápido demais — rebate, Spencer.

— Sou pai de cinco filhos — anuncio, a mesa se silencia, apenas arqueio a sobrancelha — Minha mãe está me privando de comida desde que chegou aqui.

Todos soltam uma risada, as crianças correndo no quintal. A brisa levemente gélida indicando que mais tarde irá nevar. Um momento quase perfeito.

— Amor, você está parada que nem estátua — diz, meu pai — Olha o que fizeram com a mãe de vocês.

Mãe? — chamamos em uníssono.

Quando uma lágrima escorre pelo seu rosto perfeito, sinto meu peito se apertar. Meus irmãos me encaram confusos, meu pai abraça o seu corpo e beija sua cabeça.

— Mãe, por que está chorando? — pergunto.

— Nunca sonhei que viveria esse momento — sussurra tão baixo, que se o ambiente não estivesse em  ficado silêncio após ela começar a chorar, não iríamos escutar — Minha família reunida, todos vocês são minha família. Até mesmo os que entraram recentemente — encara os pais da Maryan, Spencer, Isis e Maddie — Quando conheci Cristian, nunca imaginei que trinta anos depois, estaríamos igual estamos hoje. Minha vida — sua voz se torna embargada pela emoção —, não foi fácil. Nunca fui aquela adolescente que vivia cheia de amigos, tinha roupa da moda, fartura na mesa. Pelo contrário, tinha um irmão pequeno para cuidar, trabalhava em uma lanchonete para que eu e meu irmão pudéssemos ter o que comer, pois meus pais eram negligentes, pensavam apenas em alimentar o vício maldito deles.

Sinto meus olhos arderem ante a forte emoção ao escutar mais uma vez o relato do passado da minha mãe. Toda vez a mesma sensação de ódio por ela ter passado por tanta dificuldade, enquanto eu e meus irmãos tivemos tudo do bom e do melhor, mesmo com a humildade que meus pais nos criaram, nunca deixaram faltar algo para nós. Um toque na minha mão atrai minha atenção, encaro minha mulher e seus belos olhos brilham com emoção, levo sua mão até minha boca e beijo o dorso.

Um Natal Feliz para Diogo (Conto) | ✓Onde histórias criam vida. Descubra agora