Me apaixonei pela diabla da Minha Chefe (PAUSADO)

Capítulo 1

O começo de tudo

Sabe o que é ficar cinco anos desempregado? Eu sei. Desde que terminei o meu colégio aos 18 anos eu não sei o que é trabalhar. Por mais que eu tentasse, todas as empresas que eu tentava me candidatar ao trabalho me recusavam.

Desculpa já começar a contar minha história assim. Mas em um Brasil tão grande, em uma das maiores capitais do país e não ter um emprego se quer. Assim não tem como você começar uma faculdade, sair da casa dos seus pais e algo do tipo.

Agora sim posso me apresentar. Olá, sou Toni. Tenho 23 anos e moro na zona sul de São Paulo. Foram 5 anos de cobranças por parte dos meus pais que queriam que eu trabalhasse, e foi a pior época da minha vida. Meu pai bebia e sempre que me encontrava em casa me chamava de inútil.

Minha vontade de mata-lo nunca saiu da minha cabeça, ainda mais quando eu via ele batendo na minha mãe. Infelizmente a vida é injusta.

O ano passado, o ano de 2018 foi o pior de todos em minha vida. Parecia que onde eu chegava, as pessoas falavam dos seus empregos, parecia que só eu que não trabalhava nessa droga de cidade.

Sabe que quem não tem cão caça com gato? Eu entendia um pouco de computação e fazia manutenção em computadores. Minha mãe sempre disse que eu sou muito inteligente para essas coisas. Foi o que me salvou muitas vezes foi esse bico que eu recebia uma merreca, mas salvava no fim do mês. Dava para comprar um perfume, comer algum lanche.

Até porque todo jovem de 20 anos precisa comer um bom lanche de vez em quando. O ano de 2019 foi bom comparado ao ano de 2018. Mudou presidente e algumas coisas mudaram.

Sei que nesses meus bicos, acabei conhecendo um cara chamado Armando. Ele foi quem me indicou o emprego que atualmente eu estou trabalhando.

O salário não é muita coisa, mas eu dava muito valor. O ruim do meu trabalho é um uma coisa. A minha supervisora Kátia.

Eu trabalho em um mercado, mercado que por sinal é bem movimentado. Eu trabalhava fazendo manutenção nos computadores do mercado. Sabe os caixas? Mexia nos programas e. Nessas coisas chatas.

O trabalho até que não é ruim, faço sem reclamar, dou valor e faço de um tudo. De um tudo mesmo.

Os primeiros três meses de trabalho (comecei a trabalhar em junho desse ano) os três primeiros meses foi muito foda. Fiquei julho, agosto e setembro sofrendo.

Não por conta do trabalho, não por conta do que tinha que fazer e muito menos por conta do salário. Mas sim pela vadia da Kátia.

A Kátia era chefe de boa parte dos funcionários, ela é a gerente de tudo, ela presta conta com o dono do mercado (o seu Paulo) e não só isso. Dizem que ela é amante dele. Até hoje eu não vi nada a respeito.

Ela foi enviada para fazer do meu trabalho um inferno. Sabe quando você se sente oprimido no trabalho? Pois é, ela fazia muito pior comigo. Detalhe que ela só era assim comigo.

Teve um dia, que ela chegou a me chamar de filha da puta lerdo, só porque eu tinha demorado a formar um dos computadores e o caixa precisou ficar parado quase um dia inteiro.

Mas o que eu poderia fazer? Ela era a chefe, ela ainda era a amante do dono da porra toda. Eu tive que aceitar calado tudo que ela fazia comigo.

Eu não tive paz no meu trabalho até hoje. A vadia começou a pedir para fazer coisas que não era do meu trabalho, claro que eu relutei, mas ela falava que se eu não fizesse, eu poderia assinar a carta de demissão.

Se em algum momento eu usar alguma palavra de baixo calão, me perdoem, pois é o estresse que ela me fazia sentir e o pior de tudo é que eu não poderia fazer nada.

Teve um dia que ela abriu o Danone no mercado e alguém chamou a atenção dela, ela ficou puta, jogou no chão o Danone todo e adivinha quem ela obrigou a limpar tudo?

Sim eu mesmo. Nesse dia eu perdi o controle. Soquei a geladeira tantas vezes que abri um buraco na porta. Sabe o que ela disse? Que eu só não iria pagar do meu salário, porque o Seu Paulo já tinha comprando uma geladeira nova para substituir a antiga que eu havia esmurrado por ódio dela.

Quem não fica puto? Ter que trabalhar, receber Pouco porque trabalha como jovem aprendiz, e ainda ser feito de escravo. Ela me fez limpar e ainda ficou me olhando fazer o trabalho e limpar a merda que ela havia sujado.

Ela aproveitou esses três meses. Cheguei a falar com o Armando que tinha me indicado, ele disse que ela não é assim, que sempre tratou todos bem.

Perguntei se ela não estava gostando de mim, ele disse que não tinha ficado sabendo de nada. Mas que iria perguntar a Gisele, que era uma atendente de caixa que era amiga dela.

Sei que eu estava perdendo a cabeça, um dia eu iria surtar e iria dizer uma um monte de coisas para ela.

Eu poderia ter entrado na justiça? Poderia, mas eu tinha demorado tanto tempo para conseguir um emprego que esse eu precisava cuidar para não perder.

As vezes que fui humilhado, eu esquecia quando eu recebia o dinheiro em minha conta pelo mês trabalhado. Eu pagava tantas contas com ele, pagava e poderia gastar sem me preocupar.

Por conta desse trabalho meu pai parou de bater na minha mãe, parou de falar merda comigo. Eu tinha que aguentar pelo menos três meses sofrendo desse jeito, sendo humilhado todo santo dia pela Kátia.

Eu nunca deixei isso tirar minha paciência, mas no fundo eu sabia que uma hora eu ia perder o juízo. Eu até já estudava um pouco sobre as leis trabalhistas. Quem sabe não processe ela por danos morais?