Alívio

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O beijo dela era suave e delicado, muito parecido com a própria

No inicio me pareceu tensa mas depois começou a se entregar, pouco a pouco bem lentamente

E quando percebi o leve gemido que deixou escapar, partes desacordadas do meu corpo, partes que eu nem me lembrava que existiam começaram a formigar.

A despertar

Quando me separei dela e mirei os olhos verdes, continuavam escondidos, ela parecia absorta, estava imóvel então a chamei

-Sakura

Foi somente aí que ela abriu os olhos

Ao me encarar sua expressão variou entre surpresa a terna, passando imediatamente para a desconcertada

Então se remexeu e se arrastou saindo debaixo de mim

Eu apenas soltei o ar com mais força do que tencionava

Me virei e a vi ajeitando as roupas levemente sem jeito

-Eu vou, vou lá fora pegar...ah...o...

Estava embolada nas próprias palavras

Então a chamei novamente

-Sakura!

Ela focou os orbes em mim

-Preciso de ajuda

Naquele momento ela pareceu se lembrar da minha situação e se aproximou novamente

-É mesmo, me desculpe

Ao se abaixar para me auxiliar não resisti e soltei

-Não tem problema, acho que distraí você

Ao passar meu braço por seu ombro ela me encarou com os verdes arregalados, ao desviá-los sorriu

-Vamos lá

E fazendo força me pôs de pé

Ela era a mulher mais forte que já conheci na vida, definitivamente não gostaria de sair no braço com ela apesar de acreditar piamente que Sakura seria incapaz de levantar a mão para alguém.

Quando estava novamente sobre a cama me ajeitou sobre os travesseiros e me cobriu

-Vamos ter que fazer fisioterapia para recuperar os movimentos e tonicidade de suas pernas

-Desculpe se assustei você.

Falei de uma vez

Ela me mirou e levou a mexa rosa para detrás da orelha, comecei a reparar que ela sempre fazia esse gesto quando ficava nervosa

-Acho que eu te assustei mais

Me respondeu ajeitando os lençóis

Sorri

-Vou deixar você descansar um pouco, mais tarde volto com a comida

E se apressou em se retirar antes mesmo que eu pensasse em dizer algo



Refleti sobre o acontecido olhando para o lustre ornamentado, ela era tímida, talvez não fosse acostumada com aquele tipo de proximidade.

Eu já era o contrário, era acostumado àquilo mas não a intimidade que era obrigado a ter com ela. Talvez estivéssemos aprendendo alguma coisa um com o outro, vai saber...

Por menor que tenha sido meu esforço, fazia tempo que não me movimentava, que sequer saía daquela cama, e ele sentiu, quando me dei conta já havia embarcado num sono longo e profundo.

Louca PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora