Aquele que eles são só amigos

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Eu estou a cem pés de distância
Mas eu caio quando estou perto de você

Charlotte não precisava ser uma gênia, embora ela fosse, para saber que seu melhor amigo era considerado o "tipo" da maioria das garotas com quem estudavam, talvez até mais do que isso.

Ficava bem claro em situações como a de agora em que eles passavam pelo corredor depois das aulas, conversando sorridentes, e uma menina ruiva comentara mais alto do que deveria para a amiga ao seu lado:

"Ele é tão gato"

A cacheada sabia que a garota se referia a Henry, porque quando ambos se viraram para olhá-la, a mesma fingiu vergonha. E Charlotte sabia que ela havia fingido porque esse é mais um dos truques desse tipo de garota.

- Você ouviu isso?- Perguntou Henry, sorrindo como se tivesse acabado de ganhar uma medalha olímpica.

- Mas é claro, essa foi a intenção dela.-Respondeu revirando os olhos.

- Alguém está com ciúmes?- Brincou com uma piscadela.

- Eu não tenho ciúmes de alguém com o ego tão grande.-Retrucou, mas suas bochechas esquentaram.

- Eii!- Bateu de ombro com a garota.- Eu não me acho. É a realidade, aceite.

- Ah, por favor!- Revirou os olhos novamente.

- Tudo bem, tudo bem... Tá afim de um sorvete?

- Não, chame a ruiva lá atrás, ela iria adorar.

Henry riu, balançando a cabeça diante da amargura da garota.

- Vamos lá, Char. Chocolate com cereja, eu pago.- Ele a parou pela mão com um sorriso.

Seu coração acelerava só de pensar que a cacheada pudesse estar com ciúmes dele, pensar que ela pudesse sentir o mesmo...

Você me tem nas mãos
Nem sabe o tamanho do seu poder

Ela tentou se desvencilhar do toque dele, mas isso só o fez puxá-la para mais perto, segurando sua cintura com aquele sorriso estúpido que a fazia corar.

- Você não consegue resistir ao meu charme.- A voz rouca do garoto fez o coração de Charlotte aumentar a frequência. A distância entre eles estava tão pouca... Tanto que ela tinha que fazer um enorme esforço de não descer os olhos para os lábios dele.

- Você quer saber?- Perguntou com o mesmo tom de voz dele. Totalmente rendido a garota, ele assentiu.- Acho que Lilían não resistiria.- Disse, rindo vitoriosa enquanto se afastava do garoto.

Ele estava pintado de vermelho escuro, envergonhado e decepcionado ao mesmo tempo. Aquela garota sabe mexer com ele, isso era óbvio, mas não deixaria barato, não dessa vez.

- Pra onde você pensa que vai?-Perguntou a puxando de volta antes que ela corresse.- Tá presa comigo, querendo ou não.

O sorriso dele era o mesmo que o dela, só os dois não percebiam.

- Essa mulher é uma mulher livre, meu amor.

O som dela o chamando de meu amor era mais melodioso que música,e Henry não conseguiu evitar pensar como seria ouvir aquilo todos os dias.

¡aqueles com chenry!Onde histórias criam vida. Descubra agora