Aquele da Shortfic, parte lll

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Chamando minha atenção como eu nunca imaginaria
Eu tento entender, mas eu sabia desde o começo
Você funciona um pouco diferente do que qualquer uma que eu já conheci.


O sorriso dela é tão bonito...
É como um arco-íris, não aparece sempre, mas quando surge, encanta a todos com seu brilho.

Foi por isso que Henry sabia o que fazer assim que soltou a maçaneta da porta do quarto da amiga.

Aquele cara, Jack, tinha tirado o sorriso dela, então cabia a ele, recolocá-lo lá. Custasse o que for.

Primeiro, passou em casa, tomou um banho, vestiu roupas limpas e pegou sua carteira.
Depois, com o plano na cabeça e o vans preto nos pés, entrou  no carro e deu partida no motor, seguindo estrada com ela em seus pensamentos.
Até a música que tocava no rádio lembrava eles.

Espero que este pequeno momento me faça te seguir por quilômetros
Abro a janela só para ver se você está por perto
Eu queria poder te mostrar todos esses sentimentos que senti

O loiro sentiu o sorriso rastejar pelo seu rosto, o coração palpitar mais forte e a mente ser inundada pela imagem da garota mais linda que já vira.
O único problema era ela estar apaixonada por outro cara.
Outro cara... O mesmo que tinha apagado o sorriso dela, o mesmo que o fazia se contorcer de ciúmes, o mesmo que o fazia apertar o volante tão forte que era capaz de ver os nós dos dedos perdendo a cor.
Jack Swagger.
Mas agora não era hora de pensar nele, o objetivo era justamente esquecê-lo.
E, por mais estranho que possa parecer, era aqui que iria começar: No estacionamento do supermercado, onde ele tinha parado para fazer uma ligação.

□ □ □

"Hey, Henry. Qual é a boa?"

"E aí, cara. Será que tem como você ir na Char lá pelas 4:00PM?"

"Tudo bem... Hã... Te vejo lá?"

"Claro, até mais."

□ □ □

O loiro desliga, antes de receber perguntas que explicaria por mensagem antes de descer do veículo e seguir para o estabelecimento.
Assim que esclarece tudo no telefone, o Hart se certifica de estar com sua carteira e segue seu plano, prometendo a si mesmo, que no final do dia, Charlotte iria ter o mesmo sorriso que ele havia visto naquela manhã depois da escola.
Com uma cesta vermelha já em mãos, o loiro procurou as coisas que precisava: Um saco de milho para pipoca, uma lata de brigadeiro e um pote de sorvete sabor chocolate com morango encorpado com pedaços da fruta vermelha e lascas do próprio chocolate. O sorvete era meio caro, era da mesma linha do diez leches, mas não teria valor que ele não pagasse para ver a felicidade da sua garota.

- Wow... Pra que tanto açúcar quando você mesmo já é um docinho?-A atendente, uma jovem ruiva da idade dele, sorri com interesse.

O loiro ri sem graça, desacostumado com flertes. Fazia tanto tempo que não saía com ninguém... E a razão era a mesma de ter gastado metade do seu salário do mês: Charlotte Page.

- É...- Ele ri novamente-Quanto deu mesmo?

- Parece que alguém tem namorada...-A garota ergue as sobrancelhas.- Bem que eu deveria ter previsto.

- Não... Eu, é, não tenho namorada.-Comenta vagamente, entregando uma nota de 50 dólares.

- Tímido?- Ela tenta advinhar, pegando o troco.

¡aqueles com chenry!Onde histórias criam vida. Descubra agora