13. Relações Entre Oficiais e Soldados

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O nosso exército seguiu sempre dois princípios: primeiro, devemos ser implacáveis para com os inimigos, devemos esmagá-los e aniquilá-los; segundo, devemos ser bons para com os nosso - para com o povo, para com os nosso camaradas, superiores e subordinados - e velar pela unidade, com todos eles.

Nós viemos de todos os cantos do país, une-nos um objetivo revolucionário comum (...) Os nossos quadros devem preocupar-se por cada um dos soldados, e, nas filas de revolução, todos devem cuidas um dos outros, amar-se e ajudar-se mutuamente.

Em todas as unidades do exército há que lançar um movimento de apoio aos quadros e preocupação pelos soldados, apelando-se para que os quadros se preocupem com os soldados e estes apoiem os quadros. Uns e outros devem pronunciar-se abertamente sobre as falhas e os erros de cada um e corrigi-los rapidamente. Dessa maneira será possível obter-se uma unidade interna excelente.

Muitos pensam que são os métodos errados que fazem com que não haja boas relações entre oficiais e soldados e entre exército e povo; quanto a mim, eu tenho sempre afirmado que se trata duma questão de atitude fundamental (ou de princípio fundamental), a qual consiste em ter respeito pelos soldados e pelo povo. É dessa atitude que decorrem as várias políticas, métodos e formas adequadas. Se nos afastamos de tal atitude, as políticas, os métodos e as formas serão seguramente errados e as relações entre os oficiais e soldados e entre o exército e o povo não poderão de modo algum ser boas. Os três grandes princípios para o trabalho político no exército são: primeiro, a unidade entre oficiais e soldados, segundo, a unidade entre o exército e o povo e, terceiro, a desintegração das forças inimigas. Para aplicar com eficácia esses princípios, devemos começar por essa atitude fundamental de respeito pelos soldados e pelo povo, e de respeito pela dignidade humana dos prisioneiros de guerra que tenham deposto as armas. Os que tomam tudo isso como sendo uma questão técnica e não como uma atitude fundamental estão efetivamente enganados e devem corrigir o seu erro.

Os comunistas devem usar o método democrático de persuasão e educação na sua atividade entre o povo trabalhador, sendo absolutamente inadmissível que adotem uma atitude autoritária ou meios de coerção. O Partido Comunista da China é fiel a esse princípio marxista-leninista.

Os nossos camaradas devem compreender que a reeducação ideológica é um trabalho a longo prazo, paciente e minucioso. Não se deve esperar que, com umas tantas conferências ou reuniões, se pode mudar a ideologia das pessoas, ideologia formada ao longe de uma vida de vários decênios. Só se pode convencer pela persuasão e nunca pela coerção. O único resultado de coerção seria submeter sem convencer. É inadmissível tentar submeter pela força. Esse é um método que se pode empregar com relação ao inimigo, mas nunca com a relação aos camaradas ou amigos.

Devemos fazer uma distinção entre o inimigo e nós próprios, e não adotar uma posição de antagonismo com relação as camaradas, tratando-os como se fossem inimigos. Quando falamos, devemos fazê-lo partindo do desejo ardente de defender a causa do povo e de elevar a sua consciência política, e nunca ridicularizá-la ou atacá-la.




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