Os comunistas, sendo internacionalistas, podem ser ao mesmo tempo patriotas? Pensamos que não só podem mas também devem. São as condições históricas que determinam o conteúdo concreto do patriotismo. Existe o "patriotismo" dos agressores japoneses e o de Hitler, e há o nosso próprio patriotismo. No que se refere ao "patriotismo" dos agressores japoneses e de Hitler, os comunistas devem opor-se resolutamente. Os comunistas japoneses e alemães são pela derrota dos seus próprios países na guerra. É do interesse dos seus povos contribuir, por todos os meios, para a derrota dos agressores japoneses e de Hitler, sendo que quanto mais completa for essa derrota, melhor (...) As guerras desencadeadas pelos agressores japoneses e agressores alemães são tão nefastas aos restantes povos do mundo como aos povos do Japão e da Alemanha. Mas as coisas são distintas para a China, que é a vítima da agressão. Por isso é que os comunistas chineses têm de unir o patriotismo ao internacionalismo. Nós somos ao mesmo tempo internacionalistas e patriotas, a nossa palavra de ordem é combater o invasor para defender a Pátria. Em relação a nós, o derrotismo constitui um crime e a luta pela vitória na resistência anti-japonesa um dever a que não podemos fugir. Só o combate pela defesa da pátria permite que vençamos os agressores e libertemos a nação, e só essa libertação tornará possível a emancipação do proletariado e do povo trabalhador. A vitória da China e a derrota do imperialismo que a agride constituirão exatamente uma ajuda para os povos dos demais países. Por consequência, o patriotismo constitui uma aplicação do internacionalismo na guerra de libertação nacional.
Que espírito leva um estrangeiro a tomar desinteressadamente a causa da libertação do povo chinês como sua própria causa? Do espírito do internacionalismo, do comunismo, o espírito que todo e qualquer comunista chinês deve assimilar. (...) Nós devemos unir-nos ao proletariado de todos os países capitalistas, ao proletariado do Japão, da Inglaterra, dos Estados Unidos, da Alemanha, da Itália e dos demais países capitalistas; só assim será possível abater o imperialismo, libertar-se a nossa nação e nosso povo e libertarem-se as demais nações e povos do mundo. Tal é o nosso internacionalismo, o internacionalismo que opomos ao nacionalismo e patriotismo estreitos.
Para chegar à libertação completa, os povos oprimidos devem apoiar-se em primeiro lugar na sua própria luta, e só depois na ajuda internacional. Os povos cujas revoluções já triunfaram devem ajudar os que ainda lutam pela libertação. Esse é o nosso dever internacionalista.
Os países socialista são Estados de tipo completamente novo, onde as classes exploradoras já foram derrubadas e o povo trabalhador já tomou o poder. Nas relações entre esse países, o princípio que se aplica é o da integração do internacionalismo com o patriotismo. Nós estamos estreitamente ligados por interesses e ideias comuns.
Os povos dos países do campo socialista devem unir-se, os povos dos países da Ásia, África e América Latina devem unir-se, os povos de todos os continentes devem unir-se, todos os países amantes da paz devem unir-se, todos os países vítimas da agressão, controle, intervenção e abusos por parte dos estado Unidos da América devem unir-se, de maneira a formarem a mais ampla frente única contra a política de agressão e guerra do imperialismo norte-americano e defenderem a paz mundial.
As coisas, os fenômenos, desenvolve-se sem cessar. Não decorreram mais do que quarenta e cinco anos após a Revolução de 1911, e já o aspecto da China é totalmente diferente. Mais quarenta e cinco anos, isto é, no ano de 2001 que marcará a entrada do século XXI,e a China terá registrado modificações ainda maiores. A China tornar-se-á num poderoso país socialista industrializado. E é bem preciso que isso aconteça, já que, com um superfície de 9.600.000 quilômetros quadrados e 600 milhões de habitantes, a China deve dar uma maior contribuição à humanidade. Durante um longo período, a nossa contribuição foi demasiado pequena, o que é de lamentar.
Entretanto, nós devemos ser modestos, e isso não somente agora, mas também dentro de quarenta e cinco anos, para sempre. nas relações internacionais, nós, os chineses, devemos liquidar o chauvinismo de grande potência de maneira resoluta, radial, integral e totalmente.Nunca devemos tomar um atitude arrogante de chauvinismo de grande potência, nem tornarmo-nos presunçosos, inchados com o nosso triunfo na revolução e com certo êxitos obtidos no domínio da edificação. Grande ou pequeno, cada país tem os seus pontos fortes e os seus pontos fracos.
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O Livro Vermelho - Citações do Presidente Mao Tsetung
Non-FictionÀ memória heroica e gloriosa do camarada Pedro Pomar.