Havia se passado uns três dias do nosso encontro no domingo em casa, portanto, era uma quarta feira, eu tinha saído de manhã para ver um emprego lá no centro da cidade, na Rua Sete de Abril.
Cheguei em casa perto do meio dia, liguei a televisão para ver algum jornal enquanto a minha mãe fazia o almoço.
Quando eu estava olhando para a televisão aconteceu uma coisa estranha, eu vi um par de pés em cima dela, fui subindo a minha vista e vendo em corpo inteiro um homem com cara de sofrimento, como se estivesse me pedindo ajuda.
A imagem dele sumia e aparecia, sua boca abria e fechava como querendo me dizer alguma coisa, de repente foi embora, fui à cozinha e contei para a minha mãe, ela falou para eu rezar pra ele, fiz isso e continuei vendo o jornal normalmente.
Almocei que nem um animal estava morrendo de fome, e cansado com os pés doendo por causa do sapato fui deitar.
Dormi pesado e acordei no fim da tarde com um assopro no meu ouvido, que coisa mais esquisita pensei, esse povo que já morreu não me deixa em paz.
São espíritos brincalhões, pode até ser do lado do bem, geralmente não são, mas também não quer dizer que são totalmente ruins.
Ás vezes apenas estão momentaneamente enrolando, para logo, logo, se entregarem para Deus, não são capazes de fazer maldades maiores.
Eu gosto deles, enquanto não fica exagerado eu não me incomodo, rezo por eles.
Bom, e a noite vem chegando, em mim, sempre aquela esperança de novamente ver minha adorável Carolina, resolvo não sair de casa para não arriscar de fazer fezes que possam me comprometer.
Assisto jornais, novelas, filmes, até que chega à hora de dormir.
Devia ser quase meia noite, estava sem sono por motivos óbvios, também não queria assistir mais nada, desliguei a televisão, rezei, deitei, e fiquei vagando com a mente, nenhum pensamento fixo, ora Carolina, ora o pai dela, a Beatriz, o assopro no ouvido, o cara em cima da televisão, em resumo, só assunto do outro mundo, até que dormi.
Depois de não sei quanto tempo dormindo fui acordando devagar porque senti uma mão acariciando minha cabeça.
Abro os olhos e vejo o quarto claro com a presença da Carolina curvada ao meu lado e mais duas moças bem bonitas, ela disse baixinho em meu ouvido:
-Eduardo fique quieto, durma de novo, vou tirar você do corpo, precisamos conversar. Obedeci, fechei os olhos e ela carinhosamente passou a mão sobre a minha testa, acho que em menos de um minuto eu já havia dormido novamente e acordado fora do corpo, ela me disse:
-Eduardo você vai ter que ir com a gente.
-Aonde Carolina?
-Lá naquele lugar que a Marta levou você, vamos resgatar seu anjo da guarda, o irmão dele e todos os nossos amigos que estão presos, você sabe o caminho?
-Acho que sei, é só pegar à esquerda do céu, a partir da janela desse quarto e ir bem em frente.
-Então, você precisa ir junto! Vai junto?
-Mas é claro que eu vou Carolina, com você, literalmente eu vou até o inferno.
-Então vamos, temos um grupo da Corrente Militar de Cavalaria que ira nos acompanhar, no caminho nós vamos lhe explicando o que você deve fazer.
Por favor, Eduardo, só faça o que combinarmos, o que vamos fazer é muito arriscado, qualquer erro pode ser fatal para todos.
-Fique tranquila Carolina, farei tudo certo para livrar nossos amigos e principalmente meu anjo da guarda dessa situação, e seu irmão também, né, coitado, foi fazer um bico espiritual, e olha só no que deu.
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*INTEGRAÇÃO ENTRE OS MUNDOS* A MAIOR BATALHA DE ESPÍRITOS DA HISTÓRIA
General FictionE quando menos se esperava, quando tudo caminhava como de costume, sem nenhuma surpresa, coisas incríveis começaram a ocorrer. Espíritos do bem começaram a aparecer, interagir com mais frequência com as pessoas na terra. Pois, para defender a terra...