TCHAU MOOCA! SÃO PAULO! BRASIL!

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E sexta feira chegou, eram umas oito horas da noite quando seu Augusto e dona Juliana nos levaram em um lugar muito gostoso, da entrada eles deram tchau e foram embora.

Era uma sala branca muito florida e grande.

Lá havia seres que eu jamais havia visto, até Carolina se surpreendeu, eram homens e mulheres bem altos, eles estavam em dez, formavam casais, cinco homens e cinco mulheres, ali havia representantes de quase todas as raças brasileiras.

Casal de negros, índios, caboclos, mulatos, brancos, fisicamente no auge da beleza de cada raça, na bondade e no amor, idem.

Sentamos em poltronas bem macias, eles ficaram em nossa volta, levantaram as mãos sobre nossas cabeças e falaram algumas palavras em uma língua que eu não entendi, não sei Carolina, rezaram e nos pediram concentração.

Disseram para que ficássemos aguardando até sermos chamados pelas pessoas, ou [cavalos] para incorporarmos.

E ficamos, a gente não podia nem olhar um para a cara do outro que dava vontade de dar risada e chorar ao mesmo tempo.

De repente eu senti uma sensação estranha, comecei a escutar vozes e uma música bem ao fundo, fiquei em suspense e me afundei no sofá, devia ser umas nove horas, senti um puxão e fui, sai daquela sala como uma bala.

Em segundos meio perdido, meio atordoado escuto som de atabaques tocando bem alto. Logo em seguida chegou Carolina, era um centro razoavelmente grande, havia uma roda em nossa volta e as pessoas estavam todas vestidas de branco, batendo palmas, cantando e acompanhando o forte ritmo dos atabaques. Mexiam seus corpos pra lá e pra cá.

Dentro da roda, além dos nossos cavalos, havia mais cinco, estava bem povoado, na hora nos pareceu a maior zona, a gente não estava entendendo nada, Carolina se incorporou em uma mulher brancona de uns quarenta anos.

E eu num negrão simpático pra chuchu que devia ter a mesma idade, e eu e ela ficamos nos contorcendo no ritmo dos cavalos, eles andavam com o corpo curvado de um lado pro outro do centro, e quando pareciam que iam sair da roda ás pessoas que estavam em volta os seguravam pelos ombros.

Na verdade, eu e a Carolina é que estávamos causando tanto movimento nos cavalos, a gente não estava se achando naquela situação e ficamos forçando muito.

Era como se a gente não estivesse conseguindo se encaixar direito em seus corpos, e na primeira oportunidade, na hora em que o meu cavalo negro foi passando pela sua égua branca, que nós dois nos aproximamos e nos reconhecemos espiritualmente e nos olhamos um dentro dos olhos do outro.

Eu disse bem alto no meio daquele enorme barulho para Carolina:

-Mas que final em mizifiá?!!!! Viramo caboclo? AHÁHÁHÁHÁHÁHÁHÁ.

-Iiiiiii é mesmo mizifiho! Viramo, caboclo. HÁHÁHÁHÁHÁHÁHÁHÁHÁHÁ?.

Todos nos olharam, foi uma gargalhada bem escandalosa que surpreendeu até a nós mesmos, e a todos deu impressão, num primeiro momento, que com aquela risada, que mesmo sem querer saiu meio diabólica, nós não seriamos tão do bem assim.

Mas ao decorrer dos trabalhos nessa mesma noite dissemos que éramos espíritos simpáticos e brincalhões, ficou tudo certo, ajudamos muita gente, fizemos o melhor possível porque depois que se começa esse tipo de trabalho onde há muita gente sofrendo não dá para levar na brincadeira, a gente se envolve e quer fazer cada vez melhor.

- Né Carol?

Falei isso enquanto sobrevoávamos a Rua Camé, a Ezequiel Ramos a Rua Tabajaras, a Rua Purys, etc..

- Éééééée Eduardo!

-Foi gostoso contar essa história visitando todos os lugares em que ela aconteceu, né Carol?

- Éééééé Eduardo!

-Tenho muita vontade de reencarnar de novo na Mooca Carol, sabia? Logo dentro de um boteco.

-Ai!!!!! Não me belisca o espírito Carolina, olha a Beatriz Carolina! Tadinha, você me belisca e ela é quem chora você não sabe que ela me adora?

-Sei Eduardo, sei que ela te adora. Agora vamos, já passou da hora da gente partir e ficar um longo, um longo período sem vir na Mooca, chega de Mooca por uns cem anos. Sarava meu Pai!

-Tá legal, mas antes então, vamos falar tchau pra Mooca, fala Beatriz!

-Tchau Mooooooca! Gritou ela, acenando em posição de super homem como nós, com suas duas mãozinhas em direção ao chão.

-Fala você também Carolina!

-Meu Deus! Tá bom, Tchau Moooooooca, adeus, até um dia!!! Até lá vista... Tô indo...

-Agora é você pai! Deixa comigo minha filha, tchau Mooooooooooocaaa, Moquinha meu amor! Até amanhã! Aháháhá..

-Aí!!!! Não puxa meu cabelo espiritual Carolina! Olha a Beatriz Carolina, tadinha! Você me puxa o cabelo, e é ela quem chora orra você não sabe que ela me adora?

-Sei Eduardo, eu sei que ela te adora. Deus do céu me ajude! [risos]

Nós, hoje em dia já não trabalhamos mais no centro, alias, ficamos mais que o tempo previsto né Carolina? Era para ser um ano e ficamos quase dois, mas foi por nossa vontade mesmo, surgiu um desafio, um trabalho gostoso de ajuda ao próximo e nós resolvemos aceitar.

Bom, esse livro que você está acabando de ler foi psicografado por um encarnado médio amigo meu e demorou quase dois anos para ficar pronto.

Obrigado encarnado médio amigo meu! Ele é tímido sabe, não quer que seu nome seja revelado.

Aaaaaaaa eu e a Carolina continuamos vivendo felizes para sempre, né Carol?

- Ééééé Eduardo!

Aaaaaa e agora, hoje em dia quero dizer a gente passa bem longe da tal da lua né Carolina meu amor?

-Éééééée Eduardo minha vida! Amor agora só espiritual mesmo.

Sorrisos e ziguezagues rumo ao paraíso.

FIM.

Obs. Algumas perguntas feitas aos espíritos no Capitulo 38,

Festa Espiritual foram tiradas do livro:

O Evangelho Segundo O Espiritismo.

De

ALLAN KARDEC

Como também, as orações: Prece Espírita & Pequena Prece.

Do

Capítulo 36:

Pensamentos Íntimos

Eduardo

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Obrigado Pela Ajuda!

E os nomes, apelidos e definições dos demônios e santos foram copiados e colados na maior cara de pau da Wikipédia.

Também quero deixar meus agradecimentos.

Alias, foi de grande utilidade em alguns momentos de dúvidas.

Um Abraço A Todos!

*INTEGRAÇÃO ENTRE OS MUNDOS*  A MAIOR BATALHA DE ESPÍRITOS DA HISTÓRIAWhere stories live. Discover now