Parte 3

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BJKS

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— Finalmente livres! — Esbravejou Val ao entrar.

A porta dupla bateu na parede e ricocheteou de volta, fazendo um estrondo devido a força aplicada por Val ao passar por ela. Ele, por uma vez, se virou confuso para a porta, em seguida olhou para a mão que havia usado para abri-la. Fazendo uma espécie de "beicinho" em admiração, ele deu de ombros e seguiu até a cama de Eduardo com um enorme sorriso estampado no rosto.

Eduardo ergueu uma das sobrancelhas olhando para o amigo, fazendo Val abrir ainda mais o sorriso.

— Precisava dessa violência toda?

— As vezes esqueço da minha força. — Respondeu Val com uma risada, balançando os papéis que tinha na mão. — Liberdade ainda que tardia! Já podemos voltar para casa, não vejo a hora de dormir na minha caminha! Essa cadeira estava acabando com minha coluna, do jeito que estou agora, não aguentaria nem duas na Margarete...

— Me poupe de ouvir tuas aventuras com essa baranga.

— Qual, é, Edu?! Ela não é baranga, só um pouco... estranha? Mas sabe pagar um bo-

— Pensei que não sairia mais com ela?— Eduardo interrompeu o amigo, apressado, se poupando de ouvir mais detalhes.

— E não saio mesmo! Essa é a razão pelo qual eu não aguentaria duas, com outra garota não teria problema algum...

— Val, às vezes você não faz o menor sentido!

— Engraçado vindo de um mané que acordou de um coma pensando que tinha namorada. — Riu-se Val, mas logo se arrependeu da brincadeira ao ver o rosto de Eduardo perder toda a cor. — Ainda está muito cedo para te zoar?

Eduardo reconheceu nos olhos arregalados pela culpa de Val o menino que o ajudou tantos anos antes na escola. Val agora mais parecia um imenso Hulk, mas continuava o mesmo menino travesso e com tendências de herói de quando se conheceram. Era impossível se zangar com aquele urso...Mas Eduardo não acreditava que tudo tinha sido um sonho, Bianca era real, o amor que ele sentia por ela era real, e o universo de alguma maneira decidiu castigá-lo por tê-la considerado garantida em sua vida. Ele encontraria um jeito de reverter aquela situação.

Na noite anterior, enquanto Val dormia, Eduardo pegou o celular do amigo e digitou os números que já tinha tatuados em sua mente. Ele tremia ao ouvir a chamada, com medo de estar louco, ou de o médico estar com a razão e o cérebro dele ter inventado aquelas lembranças, mas quando a voz dela atendeu a chamada, o coração dele quase saltou de dentro do peito.

" Alô?"

" Bi-Bianca?"

" Sou eu mesma, quem está falando?"

" Graças a Deus! Sou eu. princesa, Eduardo..."

Ele fechou os olhos, aliviado

"Desculpa, não entendi... quem está falando?"

Um dor aguda no peito fez com que a voz dele soasse mais fraca e insegura.

"Sou eu, Eduardo, seu namorado"

" Eu não conheço nenhum Eduardo... é alguma brincadeira de mau gosto? Foi o Fábio que te mandou ligar para mim, não foi!? Pois fique sabendo que eu vou ligar para a polícia, trote é crime!"

Eduardo terminou a chamada e colocou o celular do amigo de volta na mesinha. Por mais dolorosa que aquela conversa tenha sido, ela trouxera também esperança. Bianca não era invenção de seu cérebro, existia de verdade e tudo o que ele tinha que fazer era começar do zero e conquistá-la mais uma vez! E dessa vez ele seria perfeito para ela, nada do babaca idiota que demorou tanto para tomar uma atitude!

Asas de Anjo: Especial de NatalOnde histórias criam vida. Descubra agora