— A minha prancha já está em cima do meu carro, vamos levar mais três para quem quiser pegar uma sondas
— Vou prender essas aqui sobre ela no hack então.
— Já é, mas usa a correia nova, é maior e tem presilha de ajuste, assim elas não vão ficar batendo, nem cairão pelo caminho.
— Sem problemas, da última vez que fez a barulhada no carro do Eduardo não fui eu quem amarrou, foi meu irmão!
—Vou pegar o gelo para por no isopor, tia Glória disse que fez uns sanduíches para levarmos, vou buscar também.
— Faz isso enquanto eu pego umas bebida lá na despensa da pensão, já avisei a mamãe. Sai mais barato do que comprar no mercado, já que ela compra direto da fábrica.
Eduardo reapareceu minutos depois com uma bolsa cheia de garrafas pet cheias de água congelada. Dona Glória estava acostumada á economia doméstica, especialmente depois de ter que administrar sozinha a pensão sem ajuda do pai, e gastar dinheiro comprando gelo era algo que ela não admitia. Especialmente porque o gelo que fazia em casa era feito de água fervida e filtrada, podendo inclusive ser consumido sem problema algum, diferente dos gelos comprados, que além de serem caros, tinham origem duvidosa...
Alex já tinha terminado de amarrar as pranchas e se juntou a Eduardo rasgando as garrafas e quebrando o gelo em pedaços não tão grande para serem espalhados por dentro da caixa de isopor, por cima das latas e garrafas trazidas por Val.
— Deixa umas garrafas intactas para que tenhamos água quando derreterem. Água mineral na praia custa uma nota e a gente nem sabe se é água mineral mesmo!
— Está falando como tua mãe... — Brincou Alex.
— E a coroa tem razão, não tem?
— Sempre! A mão que me alimenta está sempre correta. — Ripostou Alex rindo.
— Já colocou o rango no carro? — val se dirigiu a Eduardo.
— Que nada, ela deixou um cooler quase tão grande quanto esse isopor cheio de comida na mesa da cozinha, não tinha como trazer junto com o gelo, deixei lá para buscar depois.
Val sorriu do exagero da mãe que sempre empurrava tudo o que tinha na geladeira para eles quando iam a praia, e funcionava, de alguma forma a praia os deixava ainda mais famintos, e acabavam por devorar tudo que ela fazia, e todas as sobras da pensão, achando uma delícia!
— Deixa comigo!
Depois de tudo armado, entraram no carro. Val dirigindo, Eduardo no carona e Alex se jogando no banco de trás do Dodge Durango de Val.
— Hey, Edu, e teu carro? — Perguntou Alex deitado com a cabeça sobre os braços.
— Perda total, bateu motor sai mais barato vender a carcaça e comprar um carro novo!
— Que merda hein!
— Nem me fala...
— Hey Val, — Alex quebrou o silêncio mais uma vez depois de alguns minutos. — você bem que podia colocar uma cortina, ou sei lá, algo que esconda essa parte do carro. Um monte de espaço disponível aqui atrás precisa de privacidade...
— Nem pense em ficar de melação com tua mina ai atrás, pois jogarei os dois para fora do carro em movimento!
— Pode ficar tranquilo que eu jamais iria expor minha garota para vocês dois zoiudões!
Eduardo exibiu um meio sorriso ao se lembrar de uma conversa semelhante em algum lugar no passado, em outro universo... Para se distrair decidiu ligar o rádio do carro de Val e ao apertar o botão de ligar a música que estava tocando na rádio se espalhou pelo ambiente: My life would suck without you, One Direction
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Asas de Anjo: Especial de Natal
KurzgeschichtenATENÇÃO: Esse livro faz parte da série Asas de Anjo, mas diferente dos outros, aconselho que leia antes o primeiro da série Asas de Anjo para compreender melhor a história e não ter spoilers! *** Na noite da véspera de Natal, em meio a uma discus...