16-Fim?

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E o especial de natal só acaba depois da Páscoa? rs

Em minha defesa, inicialmente essa história teria 3 partes apenas, mas conforme fui escrevendo, os personagens decidiram que teria mais, e eles que mandam!

Espero que gostem, eu chorei um pouquinho ao escrever. Ficou um pouco grande mas optei pro não dividir. Ainda falta um epílogo, mas é isso.  Estrelem, comentem, compartilhem com seus amigos. Se quiserem perguntar algo fiquem à vontade!

Se cuidem, muito obrigada e,

 Bjks!

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Val chegou na pensão apressado, subiu correndo as escadas e foi direto para o quarto do amigo. Sem bater na porta, entrou, e se deparou com Eduardo tirando as últimas peças de roupa do armário e atirando em uma mala que estava sobre a cama.

— Hey, Bro, o que você está fazendo? Para que essas malas?

Eduardo estacou os movimentos por um momento quase imperceptível, então foi até a cômoda e tirou algumas peças de roupa se objetos de lá, atirando na mala de qualquer jeito, fechando-a em seguida. Val estava encostado no umbral com os braços cruzados sobre o peito e expressão facial irritada.

Eduardo olhou para o amigo de soslaio e notou na hora que Val estava perdendo a paciência. Com um suspiro ele sentou na cama, ao lado da mala, e sem olhar para o amigo, finalmente respondeu:

— Eu... Eu vou dar um tempo, saca? Meter o pé?

— "Meter o pé"? Val repetiu as palavras do amigo em tom de pergunta erguendo uma sobrancelha.

— Não tem como ficar aqui, Val.— Eduardo passou a mão de maneira aflita pelo rosto, como sempre fazia quando estava nervoso. — Eu vou dar um jeito por aí por um tempo, sei lá...

— Como não tem como ficar aqui? Aqui é nossa casa, teu lar!

— Então me conta como eu vou aguentar conviver com eles dois? Me fala, Val! Como eu vou encarar o meu irmão tranquilamente, sabendo que ele está com a minha garota? Hm? — Fechando os olhos, ele passou as duas mãos pela cabeça.

— E você vai para sei lá onde, abandonando tua casa, tua família, por causa de uma garota? Que porra é essa, Edu? Ela é só uma garota!

— Ela não é só uma garota, Val!

— Claro que é, assim como Priscila, só chegou para fazer estrago! Mas, mano do céu! O teu som hoje fez um baita sucesso, já já você vai ficar famoso, não vai ter tempo para essa Bianca nem vai lembrar que ela existe!

— Pois eu trocaria minha, minhas mãos e todo o sucesso do mundo para ver amor nos olhos dela só mais uma vez. — Eduardo abriu os olhos e encarou o amigo. Um aperto no peito se fez sentir tão forte, que ele mal conseguiu se manter de pé, sentando-se mais uma vez na cama atordoado, Val não sabia, aliás nenhum de seus ente queridos sabiam, mas aquelas tinham sido as exatas palavras do produtor musical quando ele bateu o pé gritando que iria passar a véspera de Natal com a família.

" Isso não estava no contrato! Vocês disseram que eram apenas alguns dias para me apresentar ao público, não meses!"

" Você não é mais um cantorzinho de bar, Eduardo! Para fazer sucesso vai ter que fazer sacrifícios! E o que é apenas uma data comercial quando pode ter muito mais tempo com sua família depois, rico e famoso?

" Esse é o primeiro natal desde que minha mãe operou!"

"Sua mãe vai ser a primeira a usufruir do teu sucesso, orgulhosa do filho, você sabe disso, ela vai entender!
" Tem a minha namorada, sabe quanto tempo não a vejo? Ela está me esperando!"

Asas de Anjo: Especial de NatalOnde histórias criam vida. Descubra agora