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BJKS!
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— Grande Eduardo! Estamos quase terminando de arrumar tudo! — Gritou Will de cima do palco do clube assim que o avistou chegar.
Eduardo acenou para o amigo sem dizer palavra alguma, ainda afetado pela sensação de déjà vu. Não importava quantas vezes algo semelhante acontecesse, o frio na barriga era o mesmo.
— Fala, Will! Acha que vai ter movimento hoje? — Perguntou olhando em volta.
— Teu fã clube já confirmou presença. Mano, tem noção que mais de cinquenta gatas se reúnem só para falar de você, com gritinhos histéricos e sonhando em dar pra você?—Eduardo apenas deu de ombros, o que causou gargalhadas em Will. — Teus Amigos também confirmaram presença, aquele grandão ligou reservando mesa, o gerente me disse ainda há pouco quando estava juntando essas mesas aí na frente do palco. Vem um bonde só por tua causa!
— Eu sei, ele me disse que viria, só não imaginei que viria tanta gente com ele. — Eduardo contou mentalmente o número de cadeiras reservadas na mesa de Val. Pelo menos oito...
— Eu sei que você recusou várias vezes minha proposta, mas a qualquer momento que venha a mudar de ideia e queira fazer parte dos Andarilhos, o microfone é teu!
— Estou ligado, mas meu destino é outro, mano!! Se Deus quiser, vamos dividir grandes palcos no futuro, mas não como colegas de banda.
— Você que sabe... Vou subir no palco e terminar de arrumar o som, coloca teu violão lá me cima e se arruma, tem que ficar bunitin para as fãs!— Will disse enquanto apertava a bochecha de Eduardo, fazendo um biquinho como se estivesse prestes a beijá-lo de brincadeira.
Eduardo o afastou com um safanão, resmungando algo que Will interpretou como: " Tira a mão de mim seu filho da puta!" mais por conhecer Eduardo do que por entender o resmungo. Com isso, Will gargalhou alto seguindo para o palco.
Eduardo tirou a jaqueta de couro marrom que vestia e pendurou em uma cadeira, sentando em seguida. Ele estava vestido com as mesmas roupas do primeiro encontro dele com Bianca de propósito, na tentativa de provocar o destino. Como uma simples roupa poderia fazer alguma diferença era algo que ele mesmo não fazia ideia, mas àquela altura a lógica não era lá muito confiável.
Um garçom passou por Eduardo com uma bandeja de copos vazios. O clube tinha apenas alguns clientes sentados no balcão principal e dois casais em mesas mais afastadas. O Garçom respondeu ao aceno de Eduardo e parou diante dele.
— Vai querer alguma coisa, Eduardo?
— Sim, Marcos, me traz uma vodka com suco de laranja.
— Nada de Tequila hoje? — Perguntou o garçom surpreso, visto que Eduardo normalmente bebia tequila ou cerveja.
— As vezes é bom variar um pouco, Marcos, e laranja faz bem à minha voz.
— Sem problemas, já já eu trago.
Assim que o garçom se afastou, três jovens chegaram por trás deles, uma delas colocou a mão no ombro de Eduardo e deslizou o dedo indicador, desenhando círculos sobre o braço dele.
— Oi, Eduardo, vai se apresentar com Os Andarilhos hoje? — Perguntou a jovem parecendo não notar a presença de Bianca.
— Vou sim, me chamaram mais uma vez... — Respondeu Eduardo, sentindo-se desconfortável com a proximidade da jovem.
— Uma pena que você não faça parte da banda, afinal, você é o melhor deles!
— É verdade! — As outras duas completaram em uníssono.
Eduardo gentilmente afastou a mão da jovem do braço dele.
— Que isso, meninas... — Ele negou com modéstia. — Eu não sou melhor do que ninguém e os caras são bons!
— Ainda acho que quando você canta a noite fica muito mais interessante. Sou sua fã número um, não é, meninas?— Ela se virou para as amigas que estavam, uma de cada lado dela, observando a interação e concordavam com tudo que ela dizia. — Trouxemos cartazes em sua homenagem e olha nossas camisetas!
Eduardo finalmente baixou os olhos e todas vestiam camisetas com o rosto dele estampado na frente. A da mais falante tinha um decote em V profundo, evidenciando os seios grandes e arredondados. Os olhos dele passearam sobre o volume atraente que ela exibia com tanto orgulho, então os olhos se voltaram mais uma vez para seu rosto estampado na camisa que ela vestia. Quando olhou para o rosto dela, ela passou a língua pelos lábios de maneira sedutora.
Eduardo não era cego, aquela jovem era extremamente atraente e parecia querer muito mais do que um simples autógrafo. Em um outro momento, em outra vida, antes de conhecer Bianca, ele estaria propondo que fossem até o quartinho que servia como camarim improvisado para aliviar a ansiedade pré-apresentação, porém, ele se surpreendeu não desejando tal escapada. Mesmo que Bianca não fosse mais sua namorada, ele ainda se sentia comprometido com ela e se imaginar com outra fazia seu coração gelar.
Pensar em ir para cama com outra mulher, ou mulheres, se a maneira em que as três o olhavam e sorriam entre si significava algo, era um choque de realidade que ele não estava pronto para enfrentar. Se relacionar com qualquer uma que não fosse Bianca era o mesmo que aceitar o fim do amor que cultivaram, ele não estava pronto para isso, nem desejava estar.
— Estou lisonjeado, meninas, nem sei o que dizer.
— Pode tirar uma foto conosco para o mural do fã clube, já temos mais de sessenta meninas e alguns meninos, todos loucos por você. Ficaríamos muito agradecidas e prontas para demonstrar gratidão, não é meninas?
As duas concordaram em coro mais um vez, as três com o mesmo olhar, mordendo seus lábios. Ele se levantou, chamou Marcos mais uma vez para bater uma foto, que acabou se tornando mais de uma dezena de fotos em posições diferentes, com Eduardo sempre no meio e as jovens espremidas para que o tocassem o máximo que pudessem a pretexto de uma pose.
— Obrigado, meninas! Escolham uma mesa especial para vocês, eu vou para o palco, aproveitem o show! — Sugeriu com uma piscadela, tentando educadamente se livrar delas.
Antes que pudessem responder, ele escapuliu para o palco.
Eduardo Pegou o violão, se sentou em uma cadeira que já havia sido arranjada previamente por Will e dedilhou as cordas. A sensação dos dedos provocando vibrações, extraindo o som ritmado de notas e acordes que estudou desde criança, era como estar em casa. O conforto da música que produzia tocava sua alma, como se fizesse parte dela. De olhos fechados, ele permitiu que seus dedos passeassem livremente, rebeldes e seguros, sem as amarras das escalas ou acordes. Apenas o som cru do violão e toda a intimidade que o toque de seus dedos conquistaram.
Eduardo foi extirpado de seu momento de delusão pelo barulho da tosse forçada de Will. Ao abrir os olhos, com suas sobrancelhas franzidas em desagrado, se deparou com Will bem na frente dele.
— Hey, mano, desculpa interromper tua meditação aí, mas aquela mina disse que veio te ver.
"Bianca?"
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Asas de Anjo: Especial de Natal
Short StoryATENÇÃO: Esse livro faz parte da série Asas de Anjo, mas diferente dos outros, aconselho que leia antes o primeiro da série Asas de Anjo para compreender melhor a história e não ter spoilers! *** Na noite da véspera de Natal, em meio a uma discus...