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ERICK CP 13

                            
Já estava em meu quarto, quando ouvi as batidas na porta.
— já vai! — falo, deixando minha espada e o polidor em cima da cama.
— pensei que não fosse abrir! — meu pai  fala, entrando no meu quarto. —Precisamos conversar.
— claro, e sim, eu já ia abrir a porta.
Fiz gesto para que meu pai sentasse em uma das poltronas próximas a lareira.
— então, o que há de tão importante, pai? — o perguntei, me sentando em seguida. 
— o rei deseja falar com  você, acredito que seja sobre a missão de buscas, você foi realmente brilhante!
Meu pai falava, como se fosse algo que me orgulhasse. Como estaria eve agora?
— não exagere pai, não foi nada demais, poderia ser qualquer um a encontrar aquele colar. Afinal, o rei falou de quem poderia ser? — perguntei a meu pai, enquanto preparava duas taças de vinho.
—  não, não, ele apenas tirou suas próprias conclusões, certamente tem seus motivos.
O entreguei a taça e sentei. Menos mal. Ao menos não foi exposto para todos que foi eve.
— entendi. E a mamãe onde está?
— no salão das mulheres, está  eufórica, contando para as suas damas de companhia, que foi você quem encontrou a pista do caso. — meu pai tomou um pouco do seu vinho.
— onde está Catarina ? — meu pai me perguntou.
— não sei, só a vi hoje pela manhã antes de partirmos. Não está no salão com as outras?
— também não a vi, e não acho que esteja, Catarina é muito bela, porém não gosta de estar na companhia das outras, sempre preferiu nana. — meu pai falou.
— então você também não a viu ? —  não,  não, o rei. Claro!
— a que horas o rei pediu para você me chamar ?
— ele deixou o  comunicado, que eu vinhessem até aqui para falar com você, que estivesse no horário combinado. Afinal vejamos o horário! — meu pai olha as horas pelo seu relógio de bolso. — estamos quase atrasados!
— então vamos logo! — algo dentro de mim sabia que tinha algo errado, eu só precisaria tirar minhas próprias conclusões!

Chego no escritório, bato na porta. Então ouço, que estou autorizado a entrar.
— pois não majestade! Meu pai me informou que o senhor gostaria de falar comigo, aqui estou.
Falei me pondo em frente à sua mesa. O rei estava de costas em sua cadeira, olhando sombriamente para janela, quando se voltou a mim e falou:
— sim, realmente pedi a arthur que me trouxesse você! Sente. — ordenou, me apontando a cadeira.
— como você foi o grande responsável que me tornou capaz de solucionar esse caso ignorável, gostaria de recompensa-lo.
— acho desnecessário senhor! Fiz o que qualquer um faria!
— não seja tão humilde garoto, se qualquer um pudesse fazer, o teria feito. Se você conseguiu, sinta-se prestigiado, isso só mostra o quanto você é um grande guerreiro, além claro de ter inúmeras habilidades, Arthur certamente está de parabéns, ao menos ele soube criar um filho que seguisse seus passos!
— obrigado majestade! — não pude deixar de ver decepção na voz daquele homem imundo, e também fiquei incrédulo ao perceber as mãos daquele  homem, totalmente sujas de gotas de sangue o devasso não teve nem a atitude de se lavar.
— não há de quê jovem, por isso através de suas atitudes honráveis, o elejo a partir de agora, que seja o substituto de seu pai, quando ele não estiver, e a partir de agora também terá a mesma autonomia que ele.
— mais senhor, eu não acho que esteja preparado...
— não diga bobagens garoto, todos nós sabíamos que isso aconteceria, você segue os passos do seu pai desde cedo, não poderia dar esse cargo a alguém que não fosse você !
Como poderia, ter deixado isso acontecer, enquanto minha melhor amiga foi extremamente  castigada, eu fui promovido a um cargo que eu nem sabia que poderia existir.
— o que você fez hoje garoto, me fez reduzir prejuízos incontáveis futuramente, além de me fazer ter uma nova visão de planos para o futuro do nosso reino.
— entendo! Fico extremamente honrado pelo reconhecimento, espero não decepcionar suas expectativas sobre mim senhor! — falei. Mais o que será que ele quis dizer com planos futuros, preciso encontrar eve!
— ótimo! Que estejamos conversados, dispensado!
Ao falar isso, fiz minhas reverências e me retirei urgentemente. Precisava encontra-la!

Sai daquela sala, realmente apressado. Claro que aconteceu algo com Evelyn! Como fui tolo o bastante, para achar que tudo ficaria bem. O que vínhamos fazendo, era algo muito prejudicial para o reino, há tempos, já éramos caso de investigações.
Passo por dois guardas, sem que percebam, escuto um pouco do que os dois conversam:
— não podemos contar o que aconteceu a ninguém ouviu!
— não claro que nao! Preso minha vida! Mais o que será que a princesinha aprontou dessa vez heim ?
— não sei, mais imagino que foi algo grave!
— ou talvez nao. — o guarda ri. — a garota gosta de criar conflitos. Tão linda, um pena ser tão complicada.
— ela pode  até ser bonita!
— pode não ela é.
— não me interrompa! — deu um soco no braço do companheiro. — como eu ia dizendo, ela pode até ser bonita, mais não esqueça o quanto ela é letal! Ela acabaria com um exército inteiro, só para contrariar o pai, espero que ela não se lembre de nós!
— está maluco!
Deixei os dois idiotas para traz, e fui a procura do meu ello de batalha. Chego na cozinha encontro nana aos prantos.
— oh meu querido! Ainda bem que chegou! Me diga que ela está bem? — a criada segura meu rosto entre suas mãos, me olhando fixamente.
—  não, não a vi, me fale o que aconteceu !
— estávamos no quarto dela, quando o rei chegou e a levou! Foi horrível. Estava   furioso.
Sento nana em uma cadeira próximo a enorme mesa, onde eram preparadas e servidas algumas refeições.
— eu vou encontra-la está bem! Fique calma.
— sim meu menino por favor encontre ela.
— pode deixar.

Saio da enorme cozinha, sabendo exatamente para onde ir! Aquele lugar imundo claro, que ele iria tortura-la. Chego até o lugar, com a chegada da noite está totalmente escuro. Tento analisar calmamente o local, então começo chamar o nome de Evelyn, na tentativa da mesma responder. Quando percebo que é em vão, procuro desesperado, até que vejo uma sombra próximo a parede.

- Evelyn! Evelyn! Onde está você? onde está você ?— comecei chama-la em desespero.
— Evelyn, você está ai! — quando estava próximo ela responde com a voz fraca:
— saia! Por favor não se aproxime! —
— por que não? O que aconteceu com você? — Eu começo a ficar apavorado com a situação, me aproximo cada vez mais, daquele corpo que parecia tão frágil, e me deparo com uma poça de sangue. — mais o que aconteceu!
— não venha por favor, é uma ordem! — falou-me com sua voz rouca.
Quando a vejo naquela situação, simplesmente não consigo controlar a lágrima que escorria dos meus olhos e caiam levemente em seu rosto.
— a culpa é minha! Como pude ser tão covarde!
— a culpa não foi sua, não seja idiota! — ela me fala sem forças. Eu a pego cuidadosamente pelo pescoço, subindo seu corpo para junto do meu. deixando sua cabeça junto a meu  ombro.
— eu vou te levar para rossaro! Ela vai saber o que fazer, prometo que vai ficar tudo bem!
— você não pode fazer isso, saia me deixe em paz!
— como você é estúpida sua idiota, jamais de deixaria.
Naquele momento, soube que as circunstâncias, realmente nos fazem mais fortes, e se nossos motivos valem a pena, com certeza conseguimos até mesmo as coisas mais improváveis. Sobre nós abria-se um novo portal. Que nos levaria para minha última esperança de contornar aquela situação.