{Ethan}

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                                                                                           ( Ethan)


  Que noite horrível. Acordo com preguiça, já recapitulando o que se passou ontem. passo as mãos lentamente sobre meus olhos e cabelos, olho para a cama ao lado, vejo Elliot dormindo em um sono pesado. Decidimos ficar no mesmo quarto ontem a noite, os empregados, não exitaram em nos mostrar este, era espaçoso, com uma decoração em cores claras. havia uma varanda, que nos direcionava a uma paisagem extraordinária, que ia alem dos muros daquele palácio. olho para aquele lugar, e por um breve momento, lembranças invadem meus pensamentos: 

porque a garota com quem vou me casar agiu daquela forma? não, pior! o que diabos, ela fazia no meio daquele mercado, e vestida daquele jeito? 

Depois de tomar banho e escovar os dentes, escolho minha roupa e começo a me vestir. Olho para Elliot, mais esse moleque não cansa de dormir? 

- ei! acorda. - falo. Ele nem se mexe.

- acorda cara! - falo novamente.

- qual é ? apaga a luz. - fala sonolento, virando-se para o outro lado.

- levanta Elliot! - jogo um travesseiro nele, o garoto levanta atordoado.

- o quê? annn? - ele se embaraça no cobertor e cai. - aiii! minha cabeça! - lamenta, pondo a mão na cabeça. impossível não rir com a desorganização do meu irmão.

- para de rir Ethan! - grita.

- impossível! vai se arrumar, se não, vamos nos atrasar para o café. - digo, fechando o punho da minha camisa.

- Sério isso? - ele olha com uma sobrancelha arqueada em minha direção.

- Sério o quê ?

- De você está empolgado e preocupado em atrasos? ontem mesmo você me falou, que nada disso te interessava! - ele joga o cobertor de volta na cama.

- e não interessa mesmo! mais o fato de não estar de acordo com essa idiotice, não quer dizer que eu deva deixar os bons costumes de lado, ok! - retruco impaciente.

- certo, certo, não precisa me bater. 

- não estou! agora, anda logo com isso vai! - ele sai para o banho.

Depois de prontos. descemos até o jardim do castelo, o café iria ser servido ao ar livre nesta manhã. Menos mal, eu na verdade, estava contando as horas, para voltar para casa. Esse lugar por mais incrível, que pareça ser, não me repassa nenhum pouco de confiança!  

- uau cara! olha esse jardim! - fala Elliot extasiado, ao olhar a quantidade de plantas, arvores e esculturas, que formavam aquele ambiente inicialmente agradável.

- é bem interessante. - digo, percebendo que, na parte inferior do jardim, estava a entrada para um outro lado, que se fazia desconhecido por nós.  eu olho em direção a fonte que esta próximo a passagem, no seu topo, estava uma ninfa, nunca vi uma imagem tão melancólica em minha vida! ela parecia triste, era como se chorasse, pequenas gotículas de água, escorriam vagarosamente, em sua face, que mais parecia porcelana.

esse lugar é um labirinto?  certo, pode ser, que seja decoração, mais quem tem um labirinto assim no jardim de casa? e essa imagem?  ok! melhor eu pensar em outra coisa. Ou esse lugar vai me fazer enlouquecer!

- ei! o que foi ? - Elliot percebe que eu estou perdido em pensamentos. 

- nada, eu ... 

-  que bom que já chegaram! - fala o general, interrompendo meus pensamentos.

- espero não termos chegado atrasados. - falo me direcionando a Elliot.

- Ah é verdade! - ele concorda rapidamente.

- claro que não, todos chegaram aqui a pouco tempo, vamos! - ele nos leva até a mesa onde estão todos os outros, exceto ela! 

- alteza! - falamos ao mesmo tempo.

Depois de nos acomodarmos a mesa, assuntos neutros tomam o ambiente, até que ela chega. E diferente de todas as mulheres que já me viram nessa vida, e pode acreditar, não foram poucas, ela parecia triste, se pudesse compara-la a algo, com certeza, seria a ninfa da ponte. Vejo a linda dama aproximar-se de todos fazendo seus comprimentos aos reis ali presentes, e mesmo com toda sua tristeza, nos deseja um bom dia. 

- bom dia a todos! gostaria de me desculpar por ontem!

- minha filha ficou nervosa, aceitável não é mesmo? - disse o rei.

- claro! - falou minha mãe. - afinal não é todo dia que casamos, não é verdade querida? 

- sim alteza! - ela concorda.

 -tenho certeza que nossos reinos irão crescer mutuamente, com esta união. -fala o meu futuro sogro.

-  é o que esperamos verdadeiramente. - responde meu pai.

Terminamos o café em harmonia. Elliot começa a fazer suas observações, se infiltrando em meio aos jardins, meus pais acompanharam o rei e o general, que lhes mostrava partes do lugar, enquanto falavam de seus planos futuros. E então só restava nos dois, eu a analisava vagarosamente, quando ela cruza nossos olhares, e sim! ela permanece com seus olhos vidrados nos meus, ate ela abrir sua boca e estragar tudo!

- o que você esta olhando ? -ela pergunta furiosa, já estava acostumado com sua  doçura de mais cedo.

- já estava começando a acreditar nessa sua educação! - falo levantando, indo em direção a sua cadeira, me aproximo do seu rosto, ela me encara friamente. 

- que pena, não ter te impressionando meu noivo, ao contrario de você, eu não sabia dessa porcaria de casamento! como acha que eu deveria me comportar? -ela fala levantando rapidamente da sua cadeira, me fazendo afastar.

- não venha me falar como se a culpa fosse minha, a culpa é do seu pai! - falo irritado.

- só do meu pai ? se seu reino e vocês, fossem contra a esse acordo, com certeza ele não estaria acontecendo!

- olha... - ela me deixa sem palavras, eu olho seus olhos cinzentos, a me fuzilarem.

- essa sua tentativa, de dizer que não tem culpa, ou que não sabia de nada disso não me convence! porra! a gente vai casar amanhã,e eu não estou minimamente interessada, em ficar perto de você e ir pra esse seu reino idiota! - ela grita. Eu a pego pelo braço furioso, e falo próximo ao seu rosto.

- eu já te falei que não sabia de nada! mais pelo visto sua mãe não te educou direito não é mesmo? e se isso te deixa triste, a porra desse casamento vai mesmo acontecer, e você evellyne, vai ter que me suportar queira você ou não! - ela me dá um tapa na cara, eu viro meu rosto com o impacto de sua mão. quando me viro uma lágrima cai lentamente pelo seu rosto.

- Nunca mais ouse falar da minha mãe! - ela fala me penetrando com seu olhar frio.

Neste momento, eu olho para minha mão, que ainda não havia a soltado, e me deparo com hematomas ainda vivos em seu braço. Eu levanto um pouco mais a manga de seu vestido, e me dou conta de que aqueles machucados, não foram feitos por mim, claro, que eu jamais tocaria em uma mulher daquela forma! ela puxa seu braço de minhas mãos avidamente, e vira o rosto. Com certeza seria difícil lidar com ela. E com certeza, eu dificultei mais ainda, nossa situação.

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