{ 3 }

362 28 7
                                    

"Tire isso"

Um calafrio percorreu seu corpo e, de repente, foi totalmente consciente de quão molhadas estavam suas calcinhas. Necessitou uns segundos para recuperar o fôlego e responder ao desafio do William.

- Direi o que vamos fazer. Ficarei nua se você também o fizer. Os dois estamos juntos neste projeto, assim, acredito que é o mais justo, não te parece? Além disso, terei que ver o LevyConda se é que quero observar suas reações.

Os músculos da mandíbula de William esticaram e as aletas de seu nariz dilataram. Agarrou a taça de Maite dentre seus dedos e a deixou sobre a mesinha, junto a sua. Logo a rodeou pela cintura com seus fortes braços, descansou as mãos, grandes e cálidas, sobre a pele de suas costas e aproximou os lábios a sua orelha. Seu doce fôlego lhe roçou brandamente a nuca como se fosse a carícia de um amante. Uma calidez lânguida se estendeu muito devagar pelo corpo de Maite e provocou o mais delicioso dos prazeres.

- Sabia Maite... Sabia que sob o avental de laboratório se escondia uma rebelde - murmurou-lhe ao ouvido com voz sedutora.

Ela encolheu de ombros e ignorou aquele comentário. Sabia que no trabalho todos a conheciam como a Princesa de Gelo. Mal sabiam eles que em seu interior ardia um fogo mais intenso que o de seu queimador Bunsen. Só necessitava ao homem adequado para que contribuísse com a primeira faísca.

William segurou as lapelas do robe com as mãos e acariciou o tecido. Logo a atraiu de novo entre seus braços, enquanto de sua garganta brotava um suave gemido se satisfação.

De repente, Maite sentiu que sua pele tinha tomado vida própria e teve que esforçar-se para poder recuperar a voz.

- Registrou?

- O que te parece se levarmos este jogo um passo mais adiante? - Colocou uma mão no bolso do jeans e tirou uma moeda. Em seguida levantou o olhar de novo e sorriu, fazendo aquela careta tão sensual que sempre conseguia com que Maite perdesse o norte.

Inclinou a cabeça, claramente interessada naquela nova proposição.

- Me esclareça.

- O que acha de jogarmos a sorte? Quem ganhar manda. Um pouco como o strip pôquer, mas com uma moeda.

Ela passou a língua pelo lábio inferior. Aquele era um movimento que não teve em conta. Pelo visto o apelidavam o Selvagem por algo.

- E quais são as regras deste jogo?

- Vamos alternando. Você atira a moeda, eu escolho cara ou coroa, e vice-versa. Depois de cada rodada, quem perder terá que fazer o que o outro ordenar - Deixou a moeda sobre a palma da mão de Maite - Joga?

Deu a volta à moeda e logo olhou fixamente aos olhos com uma sobrancelha levantada.

- E este jogo nos servirá para analisar os resultados do soro? Puramente com fins científicos?

Embora, a finalidade final era vê-lo nu.

- É obvio.

- Bom, pois se esse é nosso objetivo, claro que jogo. - Soprou sobre a superfície chapeada da moeda para atrair a sorte e logo a lançou ao ar. Apanhou-a no ar e a apertou contra o reverso da mão - Cara ou coroa?

- Mmm... Cara ou coroa, cara ou coroa... Gosto de cara - passou a mão pelo rosto como se estivesse concentrado em seus pensamentos. - A cara sempre amplia o leque de possibilidades, não sei se me entende - acrescentou, enquanto piscava um olho com malícia.

Maite fechou as pernas com toda a força que foi capaz de reunir. Sim, claro, é obvio que sabia a que se referia.

- Mas também tem a coroa que, claro, sempre me funciona muito bem - Ele passou a língua pelos lábios e ela se perguntou se seria consciente do poder que exercia seu encanto natural.

Prazer Sob ControleOnde histórias criam vida. Descubra agora