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–Sim? -- respondeu ele, tragando saliva.

Ela tinha os olhos cheios de vida, banquete de uma intensa excitação.

–Acredito que encontrei a solução.

Ele deu um passo adiante, e as pernas tremeram ao fazê-lo.

–A solução a que?

–A fórmula. Acredito que já sei o que é o que nos falta.

O suave sussurro de sua voz o cobriu como uma onda de desejo. Mal era capaz de ter um só pensamento coerente.

–Diz a sério?

Ela assentiu entusiasmada. Emocionado pelas possibilidades que se abriam ante eles, disse:

–Mostre-me -- aproximou-se dela por detrás, deixou o sanduíche e o copo de limonada no lavabo e olhou por cima do ombro da Maite.

Ela passou os dedos pelo cabelo, agarrou uma caneta e percorreu com ela a superfície do caderno.

–Quando esquentamos o composto ALD, a estrutura subcelular muda. Sendo que necessitamos que o ALD combine-se com os hormônios para conseguir uma maior estabilização, proponho que acrescentemos dois centímetros cúbicos dos PCs sintético ao soro para que o ALD possa manter sua estrutura. Minha hipótese é que a interação molecular produzirá o resultado que estivemos procurando.

Ficou calada, lhe dando uns instantes para que assimilasse a informação e estudasse sua teoria. Nos lábios de William se formou um leve sorriso. Sacudiu a cabeça, maravilhado ante tanta inteligência. Essa mulher nunca deixava de surpreendê-lo. Nem de excitá-lo.

–Maite, é brilhante.

William observou seu reflexo no espelho do lavabo. Ela inclinava a cabeça timidamente, como se considerasse sua inteligência um mero defeito de sua personalidade. Uma mecha de cabelo lhe tampava o rosto. Ele o retirou com suavidade com os dedos até aprisioná-lo detrás da orelha, e ela tremeu ante aquele gesto tão íntimo.

Será que não se dava conta do quão sensual era sua inteligência?

William se deteve um instante para meditá-lo. Talvez tenha chegado a hora de demonstrar-lhe, William se inclinou sobre ela deliberadamente.

–E como chegou a essa conclusão? -- Perguntou-lhe enquanto estudava o diagrama.

Ela mudou de posição e roçou sua virilha com a doce curva de seu traseiro. Deus, quanto desejava ajoelhar-se no chão e arrastá-la com ele.

Seus olhares se encontraram no espelho.

–Estava aqui me trocando... -- de repente pareceu recordar que estava quase nua.

Perdeu o fio de suas palavras e em suas bochechas se materializou um intenso rubor rosado. William se inclinou sobre ela deliberadamente, tratando de criar um momento de intimidade entre os dois. Seu torso se amoldou aos suaves ângulos das costas de Maite. Seu aroma tão quente, tão familiar, apoderou-se de todos seus sentidos e o encheu de um profundo desejo.

Tirou a caneta de sua mão, roçando a pele dos dedos enquanto a puxava para ele. Com o polegar sobre um dos extremos da caneta, começou a brincar com o botão que acionava o mecanismo, comprimindo-o metodicamente, fazendo que a ponta saísse e entrasse, saísse e entrasse, imitando o movimento que tanto gostaria de praticar com ela.

A respiração de Maite se voltou mais profunda. Umedeceu os lábios com a língua, enquanto tentava controlar o tremor que sacudia seu corpo. Ele sentiu sua excitação, cada vez mais intensa, enquanto observava-o encantada brincar com a ponta de sua caneta.

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