Noite quente, a lua se encaixa na janela,
Como uma pintura colocada de propósito,
Não há planos melhor para essa noite,
Do que deitar sobre o plano colchão ao teu lado;Nossos dedos percorrem um ao outro,
Como ambulantes que conhecem esses lugares,
O banho tira vestígios deixados um no outro,
Vamos ser criminosos, deixar pistas para trás;Com meus lábios e minha língua deslizando,
Ardentes quase famintos devorando seu pescoço,
Meu corpo entre as suas coxas, adentrando,
Enquanto digo ao pé do ouvido, coisas de amor;Esfregando meu rosto contra teu corpo,
Como um gato, demostrando todo meu afeto,
Tão animal enquanto tão racional carnal,
Quero cada contato de cada pedaço nosso;Subindo do pescoço para a boca e as orelhas,
Sentir o toque e cheiro de teus cachos,
Que me enrolaram nesse teu amor,
Meu corpo em atrito entrando no teu sonho,
Aquele que sussurrou mais cedo em meu ouvido;Como é elegante me perder em seus braços,
Você se perde em mim e me encontro em você,
Nossos cheiros já são os mesmos,
Nossos desejos completam um do outro,
Gemidos, vestígios e roupas já não tem donos;O quarto escuro e o ventilador ligado,
O fino feixe de luz e o vento convergem em nós,
Achei um portal de felicidades dentro de ti,
Seria capaz de derreter o fecho com a boca,
Não teria planos melhores para essa noite;(Data: 08 de Janeiro de 2020)
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AUTO PIEDADE
Poetry[2020] s.f. Sentimento, emoção ou comportamento de pena de si próprio diante de um evento estressante. É um sentimento associado ao auto-conforto. Forma de autocomplacência com relação a problemas, desgostos ou vicissitudes pessoais. Imagem retirada...