Eu costumava saber dos seus horários e locais,
Agora são 15:30pm, horário do seu almoço,
Você não está aqui no seu restaurante favorito,
Anos se passaram e mesmo depois de te esquecer.
Estou em frente a ele com punhado de cinzas nas mãos;
Eu não estou preso a mais nenhum plano,
A nenhuma esperança ou oração que fiz,
Quebramos promessas e planos que fizemos,
Andamos por ai como ilegais por isso,
Acho que já pagamos nossa dívida e punição;
Eu poderia abrir a mão e deixar as cinzas voarem,
A cidade anda cinzenta mesmo, não as notariam,
Mas eu me esqueceria todos os sinais,
De quando você quebrou meu coração?
Eu esqueceria como me recuperei e fui pra casa?
Tento gravar a diferente estre esse e este,
Mas lembro perfeitamente desses instantes,
Minha mente não é mais uma casa assombrada,
Os fantasmas partiram, sempre há uma saída,
Até para mim, há uma redenção algum dia;
Não vou agradecer a lições aprendidas,
Tive que me ensinar, cuidar e enxugar as lágrimas,
Vou andar por essa cidade e lembrar de momentos,
Posso correr para esquecer e isso fará lembrar,
Vai ficar tudo bem, vou aprender a superar;
Ainda costumo guardar um lugar na cama,
Porém é para alguém melhor do que você,
Pessoas são rasgadas de nós e costumes ficam,
Os girassóis que queria, te darei num vaso com cinzas,
Não te culpo por estragar tudo, você teria feito pior;
(Data: 04 de Fevereiro de 2020)
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AUTO PIEDADE
Poetry[2020] s.f. Sentimento, emoção ou comportamento de pena de si próprio diante de um evento estressante. É um sentimento associado ao auto-conforto. Forma de autocomplacência com relação a problemas, desgostos ou vicissitudes pessoais. Imagem retirada...
