Eu busco em meu sistema de dados,
Está registrado tudo o que me lembro,
Não como refazê-los agora,
Eu sei muito bem me diminuir,
Não recomeçar;Será que vou te beijar como eu sei?
Será que vou dançar desengonçado e fazer rir?
Vai me abraçar, puxar para perto e me beijar?
Será que eu ainda sei como foder?
Por mais que eu tente, será que ainda sei te fazer feliz?Não é como andar de bicicleta,
Eles me dizem que nunca esquecem mas e se esqueci?
Eu fui atropelado uma vez,
Nunca mais subi na bike sem chorar bastante,
Estou segurando o choro a qualquer instante,
Que aparece um novo desafio jamais feito,
Ou que lembre um machucado de cicatriz latente;Quero te beijar na ponte da Praça Mauá,
Sou uma máquina de escrever poemas,
Eu quero ser uma máquina de te fazer feliz,
Que ironia não é?!
O menino inseguro quer te deixar seguro,
Porquê por você eu venço o choro,
Domo o dragão de São Jorge, trago a Lua;"Nothing gold can stay" Robert Frost escreveu,
O que é belo e bom, acaba desaparecendo,
Então se perca no meu olhar na despedida,
Assim como o sol desaparece no horizonte,
Você sai do plano e entra no meu peito,
Correndo pelas minhas veias feito oxigênio;Será que eu vou saber te fazer feliz?
Será que vou lembrar o caminho de casa?
Depois de te levar e voltar tão apaixonado,
Eu tenho meu endereço anotado no RG,
Se alguém me achar, você antes já me achou;(Data: 23 de Janeiro de 2020)
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AUTO PIEDADE
Poésie[2020] s.f. Sentimento, emoção ou comportamento de pena de si próprio diante de um evento estressante. É um sentimento associado ao auto-conforto. Forma de autocomplacência com relação a problemas, desgostos ou vicissitudes pessoais. Imagem retirada...