tão banal, tão especial

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Nossos pés estão boiando dentro da piscina,
Estamos sentados e o sol fervendo nossos corpos,
Na sua playlist as mais recentes, já estou nela?
A luz arde mas não preciso cerrar meus olhos,
Para ver em ti, quem eu gostaria de me entregar;

Sou poeta mas minha boca desvia as falas,
Quando lhe chamo para passar a tarde comigo,
Eu gostaria de esticar e passar horas abraçado,
Quando corro para nos encontrar, a verdade,
É que estou correndo antes que você escape;

Quando esfrego nossos corpos é pra ter certeza,
Que não vai me escorrer pelos dedos feito areia,
"Somos cheios de erros como rascunhos de
poema", me deixa beijar e acariciar suas falhas,
Os amassados que alguém deixou nas tuas folhas;

Nossos lábios são tão famintos um pelo outro,
Quase derretemos a pele no ato do beijo,
E dos beijos tão vulgares, tão intenso-delicado,
Quero ser uma sereia nadando em sua boca
cheia de desejo, Me abocanha, me devora;

Nossas mãos que parecem ser esculpidas,
Para cada parte que desejamos pegar,
Não somos almas gêmeas, talvez coincidências,
A desculpa perfeita para continuarmos assim,
Indo e vindo, amarrados ao afeto que nos junta;

Eu sou um bom ladrão, modéstia parte,
Aceito pegar o que puder levar pro coração,
Não seja um serial killer, destruindo de um em um,
Meu coração já esteve em pedaços diversas vezes,
Me poupe esta vez, seja meu parceiro, serei o teu;

(Data: 11 de Janeiro de 2020)

Trecho retirado da obra Os Versos E Universos de Poesiana

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Trecho retirado da obra Os Versos E Universos de Poesiana

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