Prólogo- E contando... 💸

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Dylan é despertado bruscamente de suas apreensões, quando ouve a porta de trás se abrir de forma grosseira. Seu olhar assustado encara os parceiros aflitos, se colocando nos assentos enquanto o alarme escandaloso do banco toma toda a rua em frente à fachada do prédio.

O carro já ligado arranca em alta velocidade, deixando a imagem da instituição financeira se perder na janela traseira.

— O dinheiro tá na van? – Dylan questiona com sua voz jovial, torcendo a mão no volante em um curva acelerada.

— Não perde ela de vistas, não precisa ser tão rápido, estamos no tempo certo. – Um dos ladrões tira a máscara de ski negra que cobre sua face, revelando o belo cavanhaque que decora seu rosto elegante— 1 minuto e 45! É um maldito recorde, Dylan! – Comemora já animado, batendo a mão de forma agitada no banco do passageiro em sua frente.

Dylan torna o olhar ao retrovisor, e já pode ver a van de carga cinza, seguindo o carro negro, o qual ele dirigi com maestria já atravessando o tráfego de maneira acelerada.

Aquele era seu futuro, um último roubo antes de se ver livre. Um último trabalho para quitar suas dúvidas. Podia finalmente se dar ao direito de sorrir de forma contente e realizada e assim compartilhar da mesma animação de Romeu, para gritar aos céus um bramido alegre, enquanto o ar entrava de maneira brusca dentro do veículo acelerado.

Até que aquilo aconteceu.

Dylan forçava o motor, queimando pneu entre as ruas cinzas da tarde de Unit, passando pelos grandes prédios que cercavam a visão da cidade, mantendo aquela sensação claustrofóbica de se viver em uma jaula de janelas negras.

Quando o olhar de Dylan se põe novamente no retrovisor, a visão que contempla gela seu sangue. A imagem do vigilante negro da cidade aparece de repente no reflexo do espelho, dirigindo também entre os carros com seu veículo esguio, uma moto de extrema polidez e sofisticação.

— Puta merda! É o Justice! É O JUSTICE CARALHO!! – Dylan chama os companheiros, atraindo a atenção deles a situação da van que era perseguida pelo vigilante.

— Sabia! Sabia que ía dar merda. Tínhamos que vir logo para Unit?! – Esbraveja o criminoso, enquanto engatilha sua arma de assalto.

Ele se inclina para fora da janela, se mantendo firme diante o bater violento do vento em seu rosto. Dylan afrouxa seu pé do acelerador, aproximando o carro ao veículo robusto que levava os espólios da operação.

O assaltante armado dispara uma rajada de tiros em direção ao justiceiro, fazendo com que seus projéteis atinjam somente o cenário ao redor, que muda durante o percorrer do veículo. A agilidade do vigilante despista com facilidade da mira do criminoso, se protegendo atrás da grande van que possuía dificuldade de atingir uma velocidade aceitável para escapar.

— Vai atirar nos cara, porra! – Dylan rugi no volante, assistindo a imprudência do parceiro ao disparar em direção ao veículo acompanhante.

— As rodas são blindadas Uriel, vamos só atrasar ele. Dylan, desacelera! – Comanda o assaltante ajeitado, exibindo uma calma desconfortável diante a situação.

O garoto faz o desejado. O carro deixa a van avançar em sua frente, e na traseira, Dylan fica páreo com a posição do justiceiro. Uriel aperta seu dedo no gatilho, disparando intensamente contra a ameaça do herói, vendo as faíscas subirem nas áreas atingidas na moto e nas placas metálicas do vigilante.

Justice não exibiu nenhuma reação, sua resposta foi fria, preenchida por descaso e capacidade. O vigilante apenas dirige seu braço em direção ao atirador, seu bracelete abre o caminho de disparo e atira com total precisão contra o assaltante. O efeito do tranquilizante é imediato, fazendo Uriel desmaiar ainda com uma parte do corpo do lado de fora do carro, o que o levou a consequentemente escorregar até a rua, caindo rolando pelo asfalto já desacordado e abatido.

The lightningOnde histórias criam vida. Descubra agora