Capítulo 1- Ideias de guerra. 📝

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2034

Droga! Havia dado uma piscada mais demorada do que o normal. Aquele maldito sofá era tão confortável que temia acabar sendo acordado pelo futuro patrão, dormindo profundamente entre a almofada aconchegante do móvel na recepção, numa cena nada favorável.

Danny havia saído de seu antigo estágio a apenas alguns meses, mas já tinha sido o suficiente para se acomodar com as tardes na cama, dormindo após virar a madrugada em seus projetos pessoais que ele mesmo sabia que só insistia por hobby. Ele até havia planejado acordar cedo aquele dia, mas acabou perdendo a noção do tempo. Também, Ketlyn havia o colocado sob tanta pressão por conta daquela vaga que o forçou a dormir por conta própria, o negando dos mimos noturnos do casal.

Danny precisava se distrair. Ele pega o jornal na mesinha ao lado do sofá, e surpreendente é daquele dia, também, um lugar sofisticado e de alta relevância como aquele não surpreendia ninguém ao apresentar tal organização. O salão de entrada era enorme, com inúmeras pessoas circulando pela recepção movimentada, carregando maletas, pastas de documentos e aparelhos eletrônicos, em mãos ou em seus ouvidos, preenchendo o lugar com um falatório infernal.

Ele abre o jornal. Página de crimes?

Os homens minutos atacam agência bancária em Unit city.
Dinheiro é recuperado pelo vigilante, porém cúmplices fogem.”

Os homens minutos; criminosos especialistas em roubos e assaltos em tempo recorde. Era até engraçado em tempos como aquele ver criminosos com táticas e objetivos tão simples conseguirem visibilidade, ainda mais quando visto o nível que os declarados justiceiros haviam chegado. Qualé, os cara quase destruíram Greenmile num quebra pau com um super monstro alienígena. Danny só sabia que tinha sido grande, e forte, e querendo ou não, havia mudado o jeito que o mundo olhava para si mesmo e para a chamada união.

Ótimo, os artigos de Urick. Urick era um reporte e apresentador sensacionalista que nos últimos anos havia conquistado um desejo irritante de criticar os super heróis que ocupavam o mundo. Algumas pessoas apoiavam suas declarações exageradas e acusativas, já Danny, achava uma puta besteira. As pessoas apenas queriam ajudar, podiam até fazer coisas duvidosas, mas no fim fazia bem ter uma imagem para as pessoas depositarem esperança.

Danny passou o olho pelo artigo escandaloso de Urick, novamente condenando os heróis pela destruição durante a batalha deles com o último inimigo planetário, e exibindo suas dúvidas sobre a história vazada deles lutarem contra uma outra ameaça há dois anos atrás.

Precisava largar aquele jornal. Agora pensando bem, está a muito tempo esperando. Danny sobe a manga do smoking formal que aderiu para a entrevista, e vê as horas passando no relógio. Ele penteia seus cabelos loiros com os dedo, tentando instintivamente arrumar sua aparência. Seu rosto é bem jovial, delicado e com certa demonstração de inocência. Possui belos olhos azuis e uma bela covinha em seu queixo. Tinha a pele branca como a neve, e um corpo não muito atlético.

— Senhor Rimbor? Mestre Barone chegou. – Assim que a bela recepcionista o anuncia, Barone aparece no salão, saindo de uma pequena porta lateral arrumando a abotoadura em seu terno elegante.

Rimbor se levanta em um pulo, ajeitando sua postura assim que Barone se aproxima do mesmo, abrindo um sorriso ladino simpático ao jovem enquanto ergue sua mão em um comprimento amigável.

— Senhor Rimbor, que bom finalmente conhece-lo!

— Digo o mesmo, senhor, sua fama o precede de maneira louvável. – Danny responde de maneira rápida, escondendo seu nervosismo em finalmente dialogar com o poderoso Adam Barone.

The lightningOnde histórias criam vida. Descubra agora