Capítulo 11- A espécie mais perigosa do mundo. 🚷

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Adam caminhava pelo cenário com passos calculados, desviando dos corpos fadados derrubados ao chão com cautela enquanto as cápsulas vazias dos balas já cobriam o piso cinzento do salão principal da agência.

Era como um campo de batalha, ainda devastado pelo agressor sobrenatural que havia levado mais de 10 homens ao chão com facilidade. A maioria estava apenas desacordada, mas um deles chamou a atenção de Barone. Um segurança ainda revestido com o traje policial, com o tecido azul escuro do uniforme salpicado com o vermelho vivo do sangue, respingado sobre seu rosto e ao redor do gigantesco rombo em seu peito, atravessando o coração.

Adam não conseguiu tirar aquela expressão de repúdio de sua face, contemplando o cadáver próximo ao seus pés já pálido enquanto seus olhos abertos encaravam o teto. Mesmo chocado sua postura ainda comunicava certa frieza, posicionado com competência no smoking elegante de tecido fino que envolvia seu seu físico.

— Tanto poder... Para virar a porra de um animal! Não podemos nem considerar isso um humano! – Adam pragueja com a voz baixa, dirigindo sua indignação a brutalidade sofrida pela imagem do guarda assassino— Uma coisa de fato prova que ele é humano. A ganância! Está descobrindo seus poderes, aprendendo a controla-lo depois que negamos isso a ele. E o que ele faz? Rouba bancos com uma trupe de delinquentes!

Barone revisa o cenário luxuoso da agencia bancária ao seu redor, examinando durante o ato os rastros chamuscados da passagem rápida de Ethan sobre o piso.

— Desligar simulação. – Com o comando tudo ao seu redor começa a se desfazer, virando pixels ao ar enquanto a cena vai aos poucos perdendo textura, até virar linhas de programação sobrepostas em uma sala de painéis brancos, claros como as nuvens no céu.

A medida que a simulação vai sumindo e os corpos desaparecendo do caminho de Barone, o magnata caminha até a porta de saída, retirando delicadamente o comunicador cerebral grudado a sua cabeça.

Na saída estava doutor Thawne, com sua habitual postura de seriedade e jaleco branco profissional, contemplando o superior se aproximar com um caminhar intimidador por trás de seus óculos.

— Perdemos novamente seu sinal senhor. – Ele comunica com sobriedade.

— É Thawne, eu sei. Esses malditos drones são inúteis, você sabe muito bem que Ethan é mais rápido que um raio, nunca conseguiríamos acompanha-lo, não com a frota que temos. Ainda mais com a redução que fizemos para a biologic. – Adam destaca com rispidez em sua voz, enquanto caminha já pelos sofisticados corredores do andar seguido pelo cientista de pele negra.

— Devíamos então disponibilizar os soldados da companhia a cidade. Criar uma situação de emergência é a melhor alternativa para tomarmos controle das ruas.

— Nem mesmo se eu tivesse o projeto de Camilla em minha disposição eu conseguiria pegar ele! – Adam se vira para dirigir já alterado as palavras ao homem, ao qual apenas se curva com submissão frente à sua frustração— Eu preciso de uma solução permanente. Com ele adquirindo atenção da mídia chegará uma hora que nosso envolvimento em sua fuga será incorrigível! Precisa para-lo, você o conhece, tem noção de seus poderes e sua genética. Faça-o ficar lento, congele suas pernas, siga ele com um míssil, mande ele para o espaço. Eu não ligo!

A voz de Barone começa a ficar mais carregada pelo ódio, a medida que ele encurrala o estudioso contra a parede, apontando seu dedo para a face terna do empregado num gesto de intimidação.

— Viu o que ele fez com aqueles homens. É melhor botar a cabeça para funcionar, por que aquela coisa passou 3 anos preso nesse subsolo, como um animal numa gaiola, e a primeira coisa que ele viu quando acordou daquele coma foi o seu rosto. Eu lhe garanto que ele está com sede de sangue, e você nem o verá chegar! – As palavras do empresário crescem um sentimento de temor em Thawne, encarando a confiança do magnata em sua ameaça já com os olhos arregalados numa expressão de horror.

The lightningOnde histórias criam vida. Descubra agora