Capítulo 12- Inércia. 🌬️

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— Todo mundo pro chão! – O grito de ordem é fortalecido pelo tiro de aviso, tendo como percursor os berros de desespero dos ocupantes do banco naquela tarde de domingo.

Imediatamente a massa popular em pânico se deita de bruços sobre o piso, a medida que pouco a pouco a trupe de assaltantes invadem o local, desarmando guardas e quebrando vidros e objetos pelo local numa imposição de domínio.

Em poucos segundos todos já estão rendidos aos criminosos. Mulheres e crianças ainda choramingam no chão com as armas apontadas em suas cabeças, enquanto os homens mascarados gritam palavras de ordem ríspidas ao vento.

— Sem gracinha! Não quero ninguém bancando o herói! – Viking eleva sua voz abafada pela máscara artística esquelética, passando seus olhos por todo ambiente já partilhado pelo resto dos homens.

Ele segurou o fuzil próximo ao corpo e pulou o balcão de atendimento, já tendo como recepção os gritos agudos de terror das trabalhadoras em rendição.

— Você tocou o alarme querida? – Ele questiona com sua voz grava mansa, vendo a mulher se derramar em lágrimas de arrependimento e pavor com os braços erguidos— Tocou ou não?

Ela balançou a cabeça em confirmação, e então treme o corpo quando senti a aproximação do malfeitor, ficando cara a cara com ela com sua apresentação criminosa.

— Está tudo bem. – Ele olhou o relógio no pulso, vendo os segundos se esgotarem com rapidez— Eles não chegaram a tempo.

No fundo do banco, dois guardas preparam suas armas para a invasão, quando ouvem passos pesados ecoarem pelas escadas atrás deles. Quando retornam a essa direção, tiros rápidos da arma de Romeu os atingem em pontos vitais, derrubando os dois imediatamente com a força do tranquilizador.

Seu parceiro por outro lado nem dá atenção aos seguranças, seguindo de imediato em direção a gigantesca porta de aço do cofre. Ele larga a pesada mochila que carregava nas costas já retirando um aparelho que logo é acoplou no empecilho até o dinheiro. Com movimentos rápidos ele vai digitando os comandos no painel digital, vendo inúmeras informações pipocarem na tela para a liberarem a entrada.

Era apenas uma questão de tempo...

No saguão, os olhos de Viking não se desgrudam do relógio, assim como o dos outros membros permanecem no chão, vigiando cada movimento dos reféns em suas posses. É quando em um ruído oco de impacto e dispersão uma imagem chamativa invadi a cena, captando a atenção dos criminosos já imersos em um estado de alerta.

A presença estreante de lightning surgi ainda emanando energia, numa pose desajeitada de intimidação já glorificada pela cor escarlate exuberante do traje. Sua face obviamente é ocultada pelo capacete vermelho, dando visão para ele apenas pelo visor azul, onde recebia uma visualização informativa de cada detalhe em sua frente.

— Parados... infratores da lei! – Sua voz mecânica corta o silêncio desconcertante de sua chegada, ainda retraído e sem muita firmeza em suas intenções.

— Mas que merda é essa? É algum dos brinquedos da VERO? – Um dos assaltantes libera a pergunta com certa confusão aos companheiros, com sua mira levantada debilmente para a presença consideravelmente inofensiva do inciante.

— É algum vigilante? MiddleCity não tem vigilantes!

— Não! Ele é muito... Colorido! – O capanga observa, ainda distraido pela apresentação extravagante do cientista— Você não é da união, é?

— Não... ainda! – Daniel responde com a voz frouxa.

— Merda, eles tão vindo? – Um dos assaltantes fita o telhado da agência, com um semblante de espanto frente a possibilidade.

The lightningOnde histórias criam vida. Descubra agora