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Buenos Aires, Argentina
10 de Outubro de 2014
12:45 da tarde

TINI

Hoje, Leon iria me visitar, junto com Sebastian que viria visitar a Mer. O papai nos cedeu o carro, o que foi uma coisa milagrosa já que ele não deixava a gente encostar nele por nada nesse mundo. Ficamos no aeroporto cerca de meia hora, nós saímos cedo pois o fim de mundo que vivíamos nos impedia de ver pessoas de verdade a não ser animais e os amigos que moram ao redor. O avião chegou, e lá estávamos nós, roendo as unhas do tamanho nervoso que sentimos. (...)

No caminho, eu estava dirigindo e Leon no banco do carona, com uma de suas mãos apoiadas em minha coxa ─ fofo ─ enquanto nós conversávamos algo aleatório.

─ Como conseguiram vir tão rápido?

─ Planos. ─ Os dois falaram em um unisom.

─ Acho essa coisa de irmãos muito brega, parecem que nasceram agarrados. ─ Mercedes cutuca.

─ Eu que o diga então, você não solta mais o garoto. ─ Leon disse, me fazendo rir.

─ MEU namorado, futuro pai dos MEUS filhos, MEU futuro marido. ─ Ela disse.

─ MEU irmão, sangue do MEU sangue, filho da MINHA mãe. ─ Leon rebateu.

─ As mocinhas podem parar? Tem eu para todo mundo. ─ Sebastian se pronuncionou.

Alguns minutos depois, chegamos na Fazenda, eles ficaram sem reação, creio eu que nunca estiveram em uma. Meus pais só estavam esperando nós chegarmos, hoje eles completavam 26 anos de casados, e meu pai preparou uma surpresa. Saímos do carro, Leon passou sua mão por minha cintura, me trazendo até ele e sorrindo para os meus pais, não conheço pais que sejam mais puxa saco dos genros do que os meus.

─ Meus queridos! ─ minha mãe falou enquanto puxava os dois para um abraço.

─ Como você está, sogra? ─ E de novo, falaram em um unisom.

─ Ótima, mas já estamos de saída, por favor, sintam-se em casa!

─ Sogro? ─ Leon disse fazendo uma expressão de "não vai falar comigo?" e meu pai desfez a postura de sério, logo mudando para como se eles fossem melhores amigos.

HORAS DEPOIS

Jorge passava os seus dedos pelo meu cabelo jogado em seu colo, estávamos assistindo um filme no meu quarto, Mercedes e Sebastian estavam na sala ocupados demais. Senti algo como dois dedinhos adentrando na minha blusa, e automaticamente minha pele começou a arrepiar. Droga.

─ Amor? ─ Ele me chamou, me fazendo sentar ao seu lado na cama.

Delicadamente, ele pousou sua mão em meu maxilar, acariciando suavemente meus lábios com o polegar, trazendo meu rosto mais próximo ao seu e deixando um selinho. Com a outra mão, ele puxou minha cintura para mais perto, me fazendo sentar em seu colo e eu pudi sentir algo de diferente logo de cara. Que calor é esse? Minhas pernas foram uma de cada lado de sua cintura, intensificando aquele selinho para um beijo, cheio de saudade e carinho. A mão dele desceu para a barra da minha blusa, levando as duas mãos para mais acima, me fazendo arfar entre seus lábios e senti ele mexer no meu sutiã. Eu estava pronta para isso agora?

Parei o beijo, controlando a respiração e colei minha testa na sua, sem me desfazer da posição e o olhei. Eu queria, mas estava com medo e insegura, não tinha ideia do que fazer, e se fosse embora sem mal ter chegado?

─ Não sei se eu tô pronta, não quero te decepcionar por isso...

─ Se não quiser, vou entender você. Decisão sua. ─ Ele me beijou. Naquela hora, eu tive a certeza, mas estava com medo, mas eu iria.

Balancei a cabeça de modo negativo, juntando nossos lábios novamente, dessa vez, ele abriu o fecho do sutiã tão rápido que eu tive que olhar com a testa franzida. Ignoramos as risadas, e ele me deitou na cama, todo cuidadoso, retirando minha blusa e deixou meu sutiã por algum tempo. Ele me olhou como se tivesse ganhado um prêmio, e sorriu. Fechei os meus olhos ao sentir o contato de seus lábios molhados com a minha pele, ele estava distribuindo beijos do começo da minha barriga até... A barra da minha calça.

Não demorou nada e eu estava apenas de roupas íntimas, era certo que eu estava como um pimentão nessa hora, mas ele não se importou e retirou as dele. Subiu até mim, beijando meu pescoço com uma de suas mãos indo até o meio das minhas pernas. Meu rosto estava escorrendo gotinhas de suor, eu conseguia sentir, fora outras borboletas em meu estômago.

─ Se doer, me avisa. ─ Ele sussurrou em meu ouvido, e penetrou. Dei um leve gemido de dor naquela hora, com os meus olhos fechados para tentar afastar. Eu estava relaxada, até demais, mas não tinha como esquecer da dor. Logo aquela angústia foi sumindo, se transformando em prazer, e mais fortes. Eu estava pedindo mais para ele, e para ele ter me beijado, provavelmente eu extrapolei só um pouquinho no tom de voz. Agarrei meu travesseiro que estava ao lado, erguendo minha cabeça para cima e senti algo escorrer. Eita. Léon deitou a cabeça em meu ombro, respirando fundo e deu um sorriso. Olha, o meu calor ainda não passou. O olhei fixamente, distribuindo beijos em seu pescoço como havia feito comigo, logo estava eu encima dele, fitando o mesmo com a cara que ele havia me fitado. Ternura. Ele tomou cuidado com tudo.

─ Eu te amo. ─ sussurrei segundos antes de morder sua orelha, me arrastando até mais embaixo dele, chegando ao local que eu exatamente queria. Meu olhar subiu até ele, e ele se sentou, me encaixando em seu colo e lá eu passava segundo por segundo, tomando todo cuidado do mundo com as andadas que eu dava por seu corpo, ele mantinha a mao por dentro dos meus cabelos suados, me pedindo mais e mais.

3 HORAS DEPOIS.

Mercedes e eu estávamos tomando café na mesa, os meninos ainda estavam dormindo e senti seu olhar sobre mim, e me incomodou.

─ Perdeu o olho aqui?

─ Quantos rounds?

─ O que? ─ me engasguei com o café.

─ Qual é? 1 hora dentro do quarto. a quantos rounds?

─ Não sei do que você está falando. ─ comentei.

─ Ah, então da próxima vez, pede pra ele chamar o seu nome bem mais alto do que hoje.

Ela se levantou e eu tapei o meu rosto, sério que foi tão alto assim?

Una "gran" mentira. || Jortini. [EM REVISÃO] Onde histórias criam vida. Descubra agora