Terceira parte: Vênus

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ALGUMAS COISAS IMPORTANTES PARA SABER SOBRE A TERCEIRA PARTE:

ESSA HISTÓRIA CONTEM CENAS DE  SUSPENSE, ANSIEDADE, ETC. NÃO FAÇO APOLOGIA OU ROMANTIZAÇÃO DE DOENÇAS MENTAIS, TRANSTORNOS PSICOLÓGICOS E OUTROS.

Dobrando as roupas com cuidado, Izuku as empilhava gentilmente dentro de uma das caixas em cima da mesa, que era um dos últimos moveis dentro do quarto.

Do lado de fora, não muito distante, Katsuki xingava enquanto embalava o conteúdo de dezenas de shampoos, cremes, perfumes e produtos para pele que ele e o marido possuíam.

A mudança estava sendo bastante agradável, apesar de cansativa. Depois de morarem por anos em um apartamento no centro da cidade, perto de boates, shoppings, agencias de heróis, mansões e diversos prédios incríveis, os dois decidiram após três anos que era hora de dar alguns passos a mais na vida de casados. Izuku e Katsuki haviam completado vinte e nove e vinte e cinco anos. Por que não?, eles se perguntaram depois de algum tempo. Uma casa maior, mais responsabilidades do que apenas um cachorro... Um filho, era o que os dois tanto sonhavam. Sim, um filho era tudo que eles desejavam então.

Tentaram recorrer a adoção, apesar de não ser exatamente o que Izuku desejava, mas era uma opção. Uma vez que alterar o próprio corpo para poder comportar um bebê parecia ser uma ideia muito perigosa e iria contra um mundo se regras da medicina, eles tentaram pelos últimos seis meses procurar a tal mulher misteriosa que podia gerar bebês como se fossem do próprio casal, mas não obtiveram sucesso algum.

Era frustrante e Katsuki não suportava a tristeza que Izuku sentia toda semana enquanto esperava por uma resposta dos orfanatos que visitaram ou as fontes que podiam leva-los ao milagre dos bebezinhos. Na última semana Katsuki precisou amparar Izuku chorando como se o mundo fosse acabar porque ele estava triate em ter quase trinta anos e ainda não ser pai.

Lembrando-se disso o loiro terminou de fechar a caixa do banheiro e a pegou em um dos braços, indo em direção ao quarto. Izuku ainda estava ali dobrando as dezenas de roupas e os brinquedos de criança que comprou recentemente e aquilo o fez sorrir um pouco. Vê-lo tão empolgado com alguma coisa sempre deixava Katsuki meio bobo.

- Ei – ele chamou da porta, assustando Izuku que virou depressa. – Pare de ficar alisando essas roupas ai e vamos logo. É uma viagem de uma hora até a casa e o caminhão chega daqui dez minutos.

- Ah, okay – ele respondeu imediatamente e deu um sorriso como resposta, ganhando uma piscadinha de Katsuki enquanto ele ia para a sala, deixar mais uma caixa lá.

O celular em cima da mesa estava vibrando desesperadamente com a oitava chamada perdida de Bremon. Katsuki xingou quando viu quantas chamadas perdeu e pegou depressa o telefone para atende-lo.

- Katsuki – ele respondeu depressa, ouvindo um suspiro aliviado do outro lado.

- Porra! Achei que havia acontecido alguma coisa com vocês dois! – Bremon respondeu prontamente, fazendo Bakugo rir um pouco. – Como está a mudança? Izuku está bem?

- Comendo as unhas de tão ansioso – Katsuki respondeu. – Estamos esperando uma resposta de outro orfanato, então ele está o tempo todo falando disso. – Katsuki contou rindo por fim. – Sinceramente, como foi pra você?

- Ah, difícil – ele respondeu. Ele e Sailow haviam tido a primeira filha há três anos. Katuski era a "madrinha" porque Izuku insistiu muito veementemente para ser o padrinho. – Acho que a gravidez foi a parte difícil. Você lembra que a Sally vomitava sempre que sentia o cheiro de um perfume que eu adorava. Eu tive que parar de usa-lo logo no segundo mês de gravidez dela. Depois, ela jogou TODOS os cremes com cheiro de leite e morango fora porque dava dor de cabeça pra ela. Mas também era engraçado quando ela falava "ei, amor, eu estou com vontade de comer cebola frita" e eu literalmente tinha que ir fazer.

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