As cores da pele

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//Narração//


Katsuki esperou um total de dois dias para procurar Izuku.

Antes disso o rapaz esteve andando pelas praias de Resencall e admirando a cor do mar e do céu. Ele jamais havia visto algo tão bonito quando a visão completamente colorida da praia: o mar em um tom profundo de azul, o céu recém amanhecido livre de nuvens e a areia dourada brilhando. Era uma vista tão bonita que ele resolveu inaugurar a câmera do celular novo e guardar para si. 

Já era terça-feira quando Katsuki dirigiu até o hospital onde Izuku trabalhava. Ele não via o rapaz desde a quarta-feira da semana passada, por isso, estava um pouco ansioso também. 

Ele estacionou o carro no local indicado e foi recebido pelo segurança, Buke, que o cumprimentou animado. 

- Ei, Buke, Izuku está ai hoje? Eu não tenho certeza se é a folga dele ou não...

- Ah, ele está sim. Chegou de manhã cedo hoje - Buke respondeu e sorriu quando Katsuki agradeceu e se despediu. 

Katsuki entrou pelo hospital sentindo o cheiro de limpeza que o deixava tonto. Ele foi recebido com sorrisos na recepção e murmurou que precisava encontrar Izuku. 

- Ele está livre agora - uma das recepcionistas disse. - Está na sala dele, quinto andar. 

.

Duas batidinhas leves na porta e Katsuki escutou o distraído "Pode entrar". Ele finalmente abriu a porta e deu de cara com uma sala espaçosa e clara, com janelas que davam vista para o estacionamento e a frente da rua e alguns certificados e fotos de pessoas que ele não reconhecia, outras que eram familiares. Izuku estava literalmente sentado na mesa, lendo uma ficha que parecia pesada. 

- Oh! - ele exclamou quando viu Katsuki e se levantou. - Você não me disse que vinha! Está tudo bem?

- Tudo bem, sim - Katsuki concordou e se adiantou até ele. Os dois sorriram um para o outro e se abraçaram de forma rápida e meio envergonhada. - Desculpe não ter avisado que viria. Eu tive um problema com meu celular. 

- Com seu celular? Ele quebrou? - Izuku perguntou preocupado e, logo em seguida, notou a mão de Katsuki. - O que foi isso na sua mão? Você machucou no trabalho?

Izuku segurou a mão enfaixada de Katsuki entre as suas, com cuidado e um toque leve, e olhou o curativo. 

- Ah, é uma historia longa, eu acho. Não foi nada demais. Só bati e... 

- Você bateu a mão e abriu um talho nela?

- Mais ou menos e...

- Você está realmente bem? - o mais velho questionou. - Você está péssimo.

- Péssimo?! - Katsuki repetiu, ofendido. Ele estava até usando uma camisa de de botões azul-marinho que comprara na tarde anterior. Mas Izuku ainda não havia percebido.

- Sim, você... - Izuku ia dizendo e se interrompeu quando o telefone fixo de sua sala tocou. Ele estendeu uma mão para Katsuki, indicando que ele esperasse, e se virou para atender. - Ala 1-A, Izuku.

Katsuki aguardou alguns instantes. Izuku ergueu as sobrancelhas.

- Eles já estão vindo? Bem, dessa forma, tudo bem - ele murmurou e logo em seguida agradeceu e desligou. Ele se virou para Katsuki. - Desculpe, eu não vou poder ficar com você agora. Eu tenho dois Pro Heros para atender... Eles estão vindo para a...

- Com licença - uma voz calorosa disse enquanto batia na porta que estava encostada.

Parado na porta estava um rapaz alto com um sorriso simpático e cabelos de um profundo tom de azul. Ao lado dele uma mulher um pouco menor, de pele cor de pêssego e bochechas coradas, cabelo ondulado e vermelho com brilhantes olhos negros. Os dois vinham acompanhados de Eji.

INSTANT SHOCK | BAKUDEKU Onde histórias criam vida. Descubra agora