Um Ruivo Falsificado.

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Confesso que minha reação foi um tanto exagerada mas entenda o meu lado, eu sofri muito quando fui rejeitado

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Confesso que minha reação foi um tanto exagerada mas entenda o meu lado, eu sofri muito quando fui rejeitado. Tirei coragem do fundo do meu ser pra me declarar pra um homem, enfatizo, um homem! Quando eu sempre tive certeza de que era hetero. Quando sempre tive problemas para dizer o que sentia. Quando eu, o grande brutamontes tosco Bakugou Katsuki, conhecido como biribinha ambulante por ter um temperamento insuportavelmente explosivo. Quando despejei todos os meus sentimentos conflitantes em cima de alguém que simplesmente demonstrou estar pouco se fodendo pra isso e foi embora.
Quando esse alguém claramente demonstrava sinais de que sim, sentia algo por mim também mas do nada resolveu desgraçar toda a minha vida. Não era atoa que eu tinha virado quem era hoje e não o culpo. Cheguei a um ponto onde conclui que a culpa foi inteiramente minha. Tem horas que eu nego a existência desse dia, dele e tudo mais mas tudo insiste em voltar de uma vez igual com o Yuuki, isso foi como um caminhão me atropelando e eu nem anotei a placa.

- KATSUKI, CARALHO! - senti um tapa não tão forte em minha nuca e me assustei por conta do grito - Ta no mundo da lua pirralho?

- Oh, mãe... me desculpe - me endireitei no banco da praça onde estávamos - e não precisa me chamar assim, eu já tenho vinte e cinco anos, lembra?

De todas as pessoas do mundo, minha mãe era a que menos tinha se acostumado com a minha mudança e sempre que conversávamos ela ficava com cara de quem está vendo um fantasma e de certo era isso que eu tinha me tornado, apenas um fantasma do antigo Katsuki.

- Você fica bizarro pedindo "desculpas" - a loira fez cara de nojo ao repetir a palavra, ah, minha mãe era uma figura - mas enfim, nossa... então quer dizer que você está dando aula para o filho dele - eu odiava aquele olhar de pena sendo direcionado a mim e quando vinha da mulher que me pôs no mundo só piorava as coisas, só mostrava o quão patético eu era - o que mais me assusta é como aquele lá conseguiu fazer um filho!

Não era preciso de muito para eu conseguir rir na presença dela e foi isso que eu fiz, gargalhei genuinamente pois ela tinha razão, qualquer um que o conhecesse na adolescência diria "Você precisa deixar a timidez de lado garoto, se não nunca vai conseguir arrumar uma mulher na sua vida" e ai estava o meu erro, achar que ele também não queria mulheres, droga Bakugou você é uma anta!

Caminhávamos em direção ao colégio novamente, a praça era apenas do outro lado da rua e minha mãe tinha chegado ali em um piscar de olhos depois que percebeu meu estado pelo celular, já tinha se passado todo o horário de aula matutino e agora as crianças saíam aos montes para irem embora. Não que na U.A. fosse desorganizada em questão aos horários de saída mas tente controlar mais de quinhentas mini praguinhas afoitas para irem pra casa, é impossível! Conseguimos contornar todas elas sem nenhum acidente causado por esbarrões e foi difícil não rir ao ver minha mãe hora tendo ataques de fofura ao ver algumas - ela amava crianças assim como eu - e hora querendo esmagar todas elas por conta da algazarra demasiada no local, chegamos na sala dos professores que à esse horário estaria vazia pois todos ficam no refeitório após as aulas da manhã mas ao abrir a porta tive uma grande, digo, pequena surpresa.

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