Após oito longos anos, Katsuki tem que lidar com a volta inesperada de seu antigo melhor amigo que sumiu sem dar notícias depois de quebrar seu coração lhe dizendo que estava noivo quando finalmente tomou coragem para se declarar. Como o destino não...
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Shoto nos deixou em frente a U.A. exatamente as 7:29.
Atrasados. Kirishima e eu estávamos fodidamente atrasados e isso não acontecia deis de o tempo de colegial já que agora éramos professores.
Por conta do sono e de já não ligar mais pra porra nenhuma, caminhamos tranquilos – ou quase – até a sala dos professores, tomei um belo gole de café enquanto meu amigo ruivo ajeitava algumas atividades pra então corrermos para nossas salas.
Deixar aquelas pestes sozinhas era um erro irrevogável.
Crianças, quando não tem uma voz para faze-las pararem se tornam quase impossíveis de se dominar, e todo o sono que havia em mim se dissipou quando entrei na sala me dando de cara com aquele pandemônio sem pé nem cabeça. O líder da baderna toda era nada mais nada menos que Rury, que estava sentado na minha cadeira fingindo ser professor enquanto o resto – com exceção de apenas um – quase destruía a sala de aula.
Ao bater os olhos em mim, um pequeno esverdeado que estava amoadinho no canto dele levantou quase derrubando a mesa pra correr e abraçar minhas pernas com força, atraindo toda a atenção da sala para nós.
O silêncio dos olhos curiosos foi quebrado com um soluço baixinho, que me fez abaixar até ficar da sua altura e o ver enxugar as lágrimas teimosas. Rury, apressou-se em se aproximar logo do amigo preocupado mas eu já sabia o que era então apenas sorri culpado e afaguei seus cachos que liberaram o cheiro do creme que eu tinha escolhido com Izuku no dia anterior.
- Eu to bem pequeno, olha, vivasso.
- Mas... o professor Kirishima... ligou chorando porque não te achava – Yu dizia entre soluços tendo pequenos espasmos – o papai também ficou preocupado... o tio Shin avisou... que você tava bem... mas... mas-
- Viu? Não precisa chorar. Vem cá – o puxei para um abraço apertado até que o choro cessasse. Meus alunos nos olhavam com estranheza e preocupação então quando o soltei tentei tranquiliza-los – Eu tive alguns problemas de família ontem. Como o pai do míni brócolis aqui é um amigo antigo Yu acabou sabendo e se preocupando mas agora já ta tudo resolvido. Voltando ao que eu vi quando entrei – lancei um olhar severo para todos vendo seus olhos se arregalarem – Depois eu penso num castigo. Rury, não sente mais na minha cadeira, Yu... passe na minha sala depois da aula, está bem?
Com a situação controlada, pude enfim dar aula. O conteúdo daquele ano era uma proposta arriscada de Nezu pois parecia difícil algo tão avançado para as crianças mas para a minha surpresa mesmo já sendo esperado minhas adoráveis pestes conseguiram pegar tudo muito rápido.
No intervalo, o senhor pilha duracel infinita estava com um bico semelhante a um cu com hemorroidas.
Claro que ele ficaria com ciúmes após seu namorado passar a noite com três marmanjos, até eu ficaria puto mas ele tinha de entender que nossa relação – minha, do Eiji, Shoto e Yo – era puramente de irmãos.
