Um Reencontro Não Muito Bom.

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Fazia mais ou menos umas meia hora que eu estava sentado ao lado do Yo no sofá, em silêncio enquanto olhava pro teto

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Fazia mais ou menos umas meia hora que eu estava sentado ao lado do Yo no sofá, em silêncio enquanto olhava pro teto.

Ouvi a campainha soar umas duas vezes e quando ele não se moveu franzi o cenho irritado. Ainda estava puto e qualquer coisinha me faria explodir em pedaços.

- Não vai atender essa merda?

- Atende você. - Shindo virou o rosto pra porta e pareceu se lembrar de algo. Digitou algo em seu celular e logo um bicolor adentrou o apartamento em seu típico traje social casual de psicólogo terapeuta.

- Nossa, você ta péssimo - Shoto comentou me olhando com desgosto. Rolei os olhos ignorando o frio que a brisa que entrava pela janela aberta causava nas minhas pernas nuas que ainda estavam cobertas apenas pela toalha daquele filho da puta.

- Ótimo, análise fora de hora. Tudo o que eu queria - ironizei - Vai cobrar pela consulta?

- Ele brigou com o namorado outra vez - Yo se servia de saquê com uma careta, provavelmente por não ter algo mais forte.

- Namorado, pff. - ri amargo passando a mão pelos cabelos os desgrenhando.

- Tu quer por favor contar que merda aconteceu? - o Todoroki se sentou na poltrona a minha frente me encarando com impaciência e naquele momento eu senti falta da sua expressão neutra que a tempos não via. Respirei fundo e massageei as têmporas, precisava de álcool urgentemente. Ou de uma pancada bem forte na cabeça que me fizesse dormir eternamente.

- Fui no vizinho, bebi com o vizinho, fodi com o vizinho - apontei pro meu peito nu cheio de marcas com falso orgulho ganhando um olhar reprovador do bicolor - e briguei com o vizinho. Simples. Ei seu merda, me passa essa garrafa ai.

O moreno me olhou por um instante e depois deu de ombros me entregando o saquê pra logo em seguida eu dar uma boa golada.

- Eu estou tentando conversar serio com você, Katsuki.

- Foi você que chamou essa praga? - me dirigi a Shindo que apenas ergueu as mãos como se não tivesse nada a ver com aquilo.

- Da pra tentar agir como adulto? Caralho, tu não é mais criança. Será que é possível termos uma conversa descente? Somos teus amigos Bakugou, ou o mais próximo disso que você pode chamar. A gente se preocupa com você, ta legal? Então se tiver a mínima chance de você se abrir e parar de achar que as coisas vão se resolver apenas as ignorando talvez nós damos jeito em algo. Quanto mais se esquiva mais igual a ele você age, nisso são iguaizinhos, não sabia que babaquice era transmissível por relações sexuais.

Eu queria socar aquela cara de napolitano maldita dele. Me comparando com aquele merda do caralho. Eu não tava triste pro Yo ter que pedir ajuda ao Shoto, eu estava enfurecido, um tanto magoado mas isso era o de menos. Não entendia como podia me sentir tão traído sendo que a única coisa que eu tive com Izuku na adolescência foi a porra de uma amizade distorcida pra cacete. Me sentia tão burro, cego e ingênuo. E sobre esses últimos meses, a sensação de ter sido usado batia igual a uma britadeira descontrolada no meu estômago.

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