Um Retorno Inesperado.

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Confuso era pouco para definir como eu estava me sentindo

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Confuso era pouco para definir como eu estava me sentindo. Da noite pro dia Izuku tinha conseguido me revirar do avesso e a ansiedade tomava conta de mim. Já tinham se passado dois dias, nenhuma mensagem nem esbarrão pelo prédio - que eu torcia inconscientemente pra acontecer. Por outro lado já estava começando a me sentir usado, era como se ele tivesse apenas ficado comigo por um momento de fraqueza, um consolo passageiro. Tamborilei os dedos na mesa de vidro e fitei meu copo de uísque, intocado.

- Depois eu que sou o idiota - Shoto comentou quebrando o silêncio depois de eu ter contado a ele o que tinha acontecido entre mim e Deku.

- Shiu! Ele mora ali do lado, vai ouvir! E sim, você que é o idiota.

- Katsuki para de ser louco! As paredes são a prova de som. Sério que vai ficar paranoico?

- E você quer que eu fique como? - perguntei mas ainda falando baixo, o bicolor revirou os olhos - Ele deve estar brincando com a minha cara, é isso.

- Ou no fundo ele sempre te amou e os acasos da vida não contribuíram para que ficassem juntos.

- Meio a meio lindo do meu coração, pega essa sua psicologia e enfia no seu ânus porque eu não vou me iludir com essa merda não. Acho melhor eu tomar um banho, não quebra nada viu?

- E eu virei criança agora? Vai, some pro banheiro. E se não for beber isso ai da aqui que eu bebo.

Dei meu copo a ele e fui em busca de uma toalha. Já no banho percebi que não deveria ter ficado sozinho pois era tanta coisa pra pensar que nem sabia se lavava o pé ou a bunda, no fim acabei por fazer tudo duas vezes só pra ter certeza de que não me distraí muito e então ouvi a campainha tocar.

- SHOTO ATENTE LOGO ESSA MERDA! - gritei ao ouvir o soar pela quinta vez, o que esse puto estava fazendo?

- TA BOM, TA BOM, JÁ VAI CACETE! A casa nem é minha, puta que o pariu.

Revirei os olhos e passei a me enxugar. Depois de me olhar um pouco no espelho pensando em mais merda ainda enrolei a toalha na cintura e fui em direção a sala ver quem estava lá com o pavê.

- Toma, esse é o meu cartão. Entrega pra ele e qualquer coisa também atendo em domicílio - vi Todoroki entregar um cartão para o esverdeado e ambos repararam na minha presença ali.

- Ah, oi Kacchan - Izuku não tirava os olhos de mim e eu não sabia o que ele estava fazendo ali, quando percebi que ele encarava o meu corpo apenas de toalha sorri de canto e Shoto revirou os olhos heterocromáticos.

- Olha, meu pai está me ligando, preciso ir - o bicolor se levantou desamassando sua camisa social e eu o encarei incrédulo, ergui uma sobrancelha loira e cruzei os braços.

- Você não fala com o seu pai faz uns dois anos, para de ser mentiroso meio a meio maldito.
- E pelo jeito tem alguém aqui andando muito com o Eijirou, né? Lerdo pra caralho, fui! - vi ele pegar seu blazer e sair pela porta mas o mesmo voltou em menos de segundos - E, Izuku, pede pra ele me ligar o quanto antes. Posso abrir uma brecha na minha agenda e marcar uma consulta. Até mais, e, juízo vocês dois viu! - joguei uma almofada do sofá nele mas Todoroki desviou indo embora, nos deixando sozinho em meu apartamento.

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