Após oito longos anos, Katsuki tem que lidar com a volta inesperada de seu antigo melhor amigo que sumiu sem dar notícias depois de quebrar seu coração lhe dizendo que estava noivo quando finalmente tomou coragem para se declarar. Como o destino não...
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- Você achou que estávamos bravos? - o ruivo sorriu convencido - Se preocupou conosco, ah que fofo Bakubrô!
- Patético - Shoto permanecia neutro mas sua voz continha um certo deboche - Não perderia meu tempo ficando chateado com você. Depois que você deu seu showzinho nós nem notamos que tinha ido embora.
- Notar a gente notou, você quase derrubou a porta. Mas é que a dona Mitsuki apareceu com uns bolinhos de canela e-
- Vocês são tão... tão... urgh! Idiotas - bufei ao constatar que minhas preocupações eram apenas coisas de minha cabeça - Então pra que eu pedi desculpas nessa merda?
- Porque você tem o coração mole, brô! - se eu quebrar a cara do Kirishima ele ainda vai ser meu amigo? - Mas em? O que é esse tal jantar que eu ouvi o mini Midoriya comentar?
Oh. Merda.
Apoiei meus cotovelos no balcão gélido enquanto mina cabeça repousou sobre minhas mãos, pesado, estava tudo pesado. Suspirei cansado enquanto eles mantinham seus olhares fixos em mim .
- Eu sem querer prometi que jantaria com eles até o fim do mês - disse contragosto sentindo as palavras arranharem meus ouvidos, ainda não acredito que iria fazer uma merda dessas.
- Uhn!?
- É isso Shoto, ta surdo inferno? Eu tava ajudando Inko na floricultura, o brócolis em miniatura chegou com o brócolis normal e Yuuki faz eu jurar que jantaria com eles caralho!
- Vocês se encontraram de novo? - o bicolor indagou tranquilo.
- Você vestiu aquele uniforme cute-cute outra vez? - Não, sério, eu vou matar o Eijirou e arrancar esses olhos brilhantes dele com uma colher. Ou seria ao contrário? Tanto faz, tsc.
- Eu não queria mas ele simplesmente apareceu lá. Com aquele sorriso fodido do caralho me chamando de "Kacchan" e olhando pra mim daquele jeito - apertava tanto minha garrafa de cerveja que as pontas de meus dedos já estavam vermelhas - agora vou ter que aguentar comer com ele, na mesma casa, no mesmo cômodo, na mesma mesa.
- Calma brô, o mês só acaba daqui quatro dias.
- Você ta mesmo tentando ajudar? - Todoroki o encarou e eu me fiz a mesma pergunta - Olha Bakugou, se sente que não vai ser bom ir não vá.
- Não, tudo bem. Sem contar que Mitsuki tem razão, eu preciso descobrir o que quero.
- Independe de qualquer coisa nós vamos estar aqui pra você! - Eiji abriu um sorriso caloroso e eu fiquei feliz ao ouvir aquilo. Era raro ele e Shoto se darem bem pois suas personalidades eram completamente diferente mas quando se tratava de mim eles davam um jeito de se engolirem.
(...)
Eu estava em frente a residência de Inko, a nostalgia me pegou de jeito e não sabia se sorria ou chorava, fazia alguns meses que não vinha ali e sim, eu estava morrendo de saudades daquele lugar. A diferença é que não seria mais só eu e a esverdeada. Respirei fundo me preparando para a longa noite que viria a seguir e passei a caminhar pelo caminho de tijolos brancos que davam até a varanda tocando a campainha quando me pus em frente a porta.
