Prólogo

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SER BABÁ É A PIOR PROFISSÃO DE TODAS

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SER BABÁ É A PIOR PROFISSÃO DE TODAS. Bem, talvez ser professora seja pior, pois tem muito mais crianças pra se lidar.

Mas eu geralmente não tenho esse pensamento em mente, geralmente só vem algo como: "Eu tô cansada pra caramba e ainda é terça-feira".

Sou babá de Eustáquio desde meus 14 anos, ou seja, há dez cansativos anos. E, vejam só, dois primos dele estão por aqui e, como a mãe de Eustáquio não tem a mínima paciência, cá estou eu tentando controlar Eustáquio e Edmundo, ambos de 16 anos e sem um pingo de maturidade.

Lúcia, irmã mais nova de Edmundo, deve ter uns 15 anos e é muito calma. É minha adolescente preferida, pois ela apenas observa a situação, sem piorar tudo, felizmente.

— Okay, os dois quietos! — eu grito, ficando irritada, e os dois param na hora de falar, me encarando. — Eu juro que se eu ouvir mais alguma coisa sobre doces lambidos ou qualquer besteira do tipo, eu vou arranjar uma camisa enorme e fazer ficarem nela até fazerem as pazes, seus porres!

Eustáquio e Edmundo me olham de boca aberta, impressionados, e Lúcia abafa uma risada.

— Como é que é, Charlotte? — Eustáquio pergunta e eu lanço-lhe um olhar irritado.

— É senhorita Alley, Eustáquio! Sou sua babá e responsável por não haver um homicídio nessa casa. — eu esbravejo. — Vocês são dois adolescentes de 16 anos e deveriam ter mais maturidade! A Lúcia é mais comportada que vocês!

Quando aponto para a garota, Eustáquio faz uma cara de quem vai soltar fogo pelas orelhas, enquanto Edmundo fica levemente corado.

— Tenham decência! — eu peço e dou um suspiro, exausta.

— Não somos crianças, srta. Alley. — Eustáquio fala e noto um desgosto especial em me chamar de senhorita.

— Pois estão agindo como tal e, se continuarem assim, serão tratados como crianças. — eu determino de forma firme.

— Ahn, gente? — ouço Lúcia falar e, estranhamente, um barulho de água caindo é ouvido.

Viramo-nos para ela e vejo o quadro, com a paisagem do mar, soltando água.

— Pombas! — eu solto e coloco as mãos na boca. — Desculpem, crianças.

— Tá tudo bem. — Edmundo tranquiliza.

— O que a gente faz? Chamamos seus pais? — eu pergunto para Eustáquio, apavorada.

— Eu não sei! — ele grita, meio esganiçado.

— Está tudo bem, estamos indo para Nárnia. — Lúcia explica, mas não explica nada também.

A água chega na minha cintura de forma rápida e eu noto que Eustáquio está quase subindo pelas paredes.

Resolvo tirar o quadro da parede, pois pode ser uma infiltração, mas a água vem toda do quadro. Jogo ele no chão e a água sobe até meu pescoço, fazendo-me começar a nadar.

— A gente realmente não vai morrer, não é? — questiono, olhando para Lúcia.

— Tenho quase certeza que não. — ela responde, tendo dificuldade para se manter boiando, pois a água sobe de forma violenta.

— Muito animador! — ouço Edmundo falar, de forma sarcástica.

Ouço os gritos de Eustáquio, que está desesperado, e a água, finalmente, alcança o teto.

Por alguns segundos, eu fico submersa e desesperada, até ver uma luz vindo de onde seria o teto. Nado, de forma desesperada, até emergir no meio do oceano. No. Meio. Do. Oceano.

Agora a questão é: Será que tomei algum dos chás "especiais" de Leon?


༶ °. ‧⁚ ◦ ❤ ༶ °. ‧⁚ ◦


Espero que tenham gostado.

Até a próxima.

20/01/2020.

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