Capítulo VI ❤ O dia em que tivemos uma daquelas conversas

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ESTÁVAMOS HÁ DOIS DIAS À DERIVA, MAS O CLIMA ESTAVA MUITO BOM

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ESTÁVAMOS HÁ DOIS DIAS À DERIVA, MAS O CLIMA ESTAVA MUITO BOM. Afinal de contas, tínhamos finalmente achado alguma pista sobre os Sete Fidalgos de Telmar. Eu, então, aproveitei que estavam todos de bom humor e juntei coragem, querendo começar uma conversa com Caspian.

— Majestade, hum, olá. — eu cumprimentei, parando ao seu lado, um tanto constrangida. Eu realmente não sabia o que falar, mas eu sabia que queria conversar com ele, descobrir mais sobre ele.

— Olá, senhorita. — ele disse com um sorriso e eu coloquei as mãos na amurada do navio, como ele mesmo estava fazendo. Olhar para o mar foi uma boa escolha, pois fiquei menos envergonhada.

— Eu queria apenas... apenas agradecer. — eu disse, recebendo um olhar curioso do rei. 

— Pelo que, exatamente? — o telmarino questionou, apoiando o braço onde outrora colocou suas mãos, ficando mais ou menos da minha altura.

— Por ter nos aceitado no navio, eu e Eustáquio, digo. — eu respondi, virando-me para ele, desistindo da ideia de olhar o mar, afinal quem iria preferir se perder naquela imensidão azul quando se tinha belos olhos castanhos bem ao lado? — E por ser tão gentil, sei que poderia agir de outra maneira, mas permanece sendo muito agradável.

— Oh, bem, obrigado, senhorita, mas não acho que seria correto de minha parte agir de outra forma. — Caspian disse, após pigarrear, e deu um belo sorriso pra mim. — Você também é muitíssimo agradável. E bonita.

Eu devo ter ficado mais ou menos da cor do meu cabelo, mas consegui dar um sorriso.

— Obrigada. — eu disse, envergonhada. — Vossa majestade também é muito bonito.

Encaramo-nos com sorrisos e eu senti aquelas borboletas no estômago, que não sentia há muito tempo. Começamos um gostosa conversa, daquele tipo que você passa horas e acha que passaram-se apenas minutos, mas mesmo assim ainda quer conversar mais, passar mais tempo com a pessoa. 

Acho que ficamos 3 horas conversando, trocando experiências e falando sobre nossos respectivos mundos, além de contarmos um ao outro nossos estilos de vida, o que foi engraçado, já que ele era um rei e eu uma babá, então o contraste foi claro.

Eu estava rindo de uma piada que Caspian fez, quando Eustáquio passou correndo atrás de mim.

— Mas... o que? — eu perguntei, franzindo a testa.

Eustáquio passou e foi seguido por Ripchip, que parecia muito bem-humorado. O resumo da ópera: Eustáquio roubou uma laranja e Ripchip ficou indignado, então pegou-a e provocou o loiro até ele aceitar um duelo. Ensinou Eustáquio a lutar um pouquinho no processo e o loiro perdeu. Bem, o garoto foi jogado em um cesto, que caiu e de lá saiu uma garotinha, Gael, filha de Rhince, das Ilhas Solitárias. Como o pai entrou para a tripulação após a mãe dela sumir, Gael infiltrou-se no navio e ficou conosco durante todo esse tempo.

No fim das contas, Gael foi aceita e começou a dividir a cabine comigo e Lúcia, e eu tive que sair de uma conversa agradável para ir puxar a orelha de Eustáquio (figurativa e literalmente).

O fato é: temos ótimos conversas e nos entendemos muito bem, além de nos respeitarmos mutuamente. Eu só não sei se posso simplesmente deixar minha vida na Terra para viver aqui com Caspian.


༶ °. ‧⁚ ◦ ❤ ༶ °. ‧⁚ ◦


Espero que tenham gostado. 

Até a próxima.

18/09/2020.

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