EUSTÁQUIO ESTAVA SOB OS CUIDADOS DOS TRIPULANTES ABAIXO DO CONVÉS, ENQUANTO EU GANHAVA ROUPAS NOVAS. Obviamente, não só eu, mas os Pevensie também. Foram dadas para mim uma calça soltinha, uma blusa branca de botões, botas de cano alto e um colete de couro marrom. Eu obviamente dispensei o colete, já que o sol estava de rachar.
Os Pevensie entraram em uma cabine junto de Caspian, indo discutir algo sobre estarmos aqui e o porquê. Pelo que descobri depois, eles sempre vieram para cá quando Nárnia estava com problemas e os narnianos precisavam ser libertos.
Eu não estava realmente afim de ficar sabendo sobre guerra ou coisa assim, até porque nem parecia que estávamos metidos em uma. Um rei não se meteria no meio do mar apenas com seu navio se estivesse em uma guerra, pelo menos era minha opinião. Dessa forma, eu apenas fiquei apoiada na amurada do navio e tentei me acostumar com o balanço, tentando colocar a cabeça no lugar.
Aquilo tudo parecia loucura demais, até mesmo pra mim. Eu só sabia que isso não era um sonho porque uma vez sonhei com um minotauro, mas suas formas eram embaçadas, como se o rosto estivesse se formando. Pelo que sei, nosso cérebro não pode criar rostos e isso se estende até mesmo para criaturas mitológicas aparentemente, já que o rosto de Tavros, o minotauro, é extremamente nítido pra mim.
Olhei para baixo e vi algumas oceânides, ninfas da água salgada, acenando pra mim, eu sorri e fiz o mesmo, o que as deixou felizes, já que deram cambalhotas no ar.
— Tudo bem, senhorita Alley? — Caspian perguntou, parando ao meu lado.
— Sim, eu estava apenas... digerindo isso tudo. — eu respondi, olhando para ele ao apontar ao redor com o indicador.
— Entendo. — ele disse e então sorriu pra mim. — Sou rei Caspian, senhorita. Desculpe-me não ter apresentado-me antes, acabei me esquecendo.
— Oh, certo. É um prazer conhecê-lo, majestade. — eu disse, fazendo uma reverência, coisa que aprendi com meu avô, Gilbert, na época que eu cismava que era princesa. Eu enchi tanto o ouvido dele, que ele me ensinou coisas como quais talheres usar, como fazer uma reverência e etc.
Ficamos em silêncio, observando o mar, lado a lado. Eu senti uma paz enorme olhando o mar ao lado de Caspian, parecia que, na verdade, ainda estava no meu mundo, apenas conversando com um homem bonito.
— Você e Lúcia irão ficar em uma cabine à parte, enquanto Edmundo e Eustáquio ficarão sob o convés, assim como eu e os outros tripulantes. — Caspian avisou-me. Mais tarde, Lúcia contou-me que ele cedeu a cabine dele para nós. — Se a senhorita precisar de qualquer coisa, só precisa pedir ajuda para algum dos tripulantes ou para mim.
— Obrigada, majestade. — eu sorri para o rei em agradecimento, e ele sorriu de volta, acenando com a cabeça. Olhos castanhos, eu notei, olhos castanhos tão lindos...
Então Caspian foi chamado por um dos tripulantes, e eu fiquei apreciando o mar, pensando em como o rei era gentil. Ainda assim, parece... parece pouco para permanecer.
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Espero que tenham gostado.
O que estão achando da fanfic? Contem pra tia aqui.
Até a próxima.
09/09/2020.
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Permaneça ❤ Crônicas de Nárnia
Fanfiction[short-fic] Charlotte Alley foi para Nárnia de penetra, disso ela sabe bem. Estava apenas cuidando de dois adolescentes brigões e de uma garota gentil. O problema mesmo é que, enquanto tentava apartar uma briga, o quadro começou a expelir água e, ma...