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As árvores altas sacudiam com brutalidade conforme o vento batia em seus galhos, a água da chuva ensopava o jardim de Pepper Potts, criando pequenas poças de lama

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As árvores altas sacudiam com brutalidade conforme o vento batia em seus galhos, a água da chuva ensopava o jardim de Pepper Potts, criando pequenas poças de lama. A ruiva estava parada de frente para as janelas, os olhos castanhos fixos nas gotas de chuva que escorriam lentamente pelo vidro.

Estava presa em suas lembranças. Alheia ao que acontecia ao seu redor, apenas observando a chuva caindo violenta lá fora. O suor brotava em sua testa e pescoço, fazendo com que alguns fios de seu cabelo grudassem no local.

FLASHBACK

04/02/2012, 23:37
Sokovia — Base de operações secreta da Hydra.

— Apenas a largue aí, seu imbecil. – A voz do homem ecoou pelo quarto, logo sumindo pelo corredor enquanto empurrava a cadeira de rodas vazia.

Sentia-se suja e impotente, não havia nada que ela podia fazer para impedi-lo de a tocar. Não tinha forças para empurrá-lo ou batê-lo. Sua garganta estava seca, ela tentava abrir a boca para gritar, mas do que adiantaria? Quem iria a proteger? O corpo inteiro doía e ela ainda estava se recuperando da última sessão que teve com Zemo minutos antes.

Os olhos castanhos estavam fixos na clarabóia, as gotas de chuva escorrendo pela mesma e a luz da lua iluminando o cômodo escuro e sujo. Ela fechou as mãos em punhos e segurou um gemido de dor, as lágrimas escorrendo copiosamente por suas bochechas vermelhas.

FIM DO FLASHBACK

Quando era criança ela sempre amou tempos chuvosos, mas depois de tudo o que viveu na Hydra, ela passou a odiar. Não achava bonito as gotas escorrendo pelo vidro ou achava graça em pular em poças de água e lama, e muito menos de tomar banho de chuva.

Seu corpo inteiro se arrepiou com aquela lembrança, sentindo vontade de vomitar e quebrar alguma coisa. Uma lágrima teimosa escorreu por um de seus olhos, que estavam fixos em uma poça d'água no jardim, tinha um sorriso sem emoção em seus lábios enquanto sua mão estava espalmada na janela.

Não foi sua culpa.

Amy estava tão absorta em seus pensamentos, que ao menos escutou o som da porta se abrindo e fechando.

Foi sua culpa.

O homem franziu o cenho ao ver a sala em um completo breu, apenas o brilho da lua sendo a iluminação natural da sala de treinamentos. Os olhos azuis percorreram cada canto do local, tentando acostuma-los com a falta de luz e em busca do interruptor. E foi então que ele a viu parada em frente às enormes janelas de vidro, imóvel enquanto observava algo do lado de fora.

✓ Fix You¹ • Bucky BarnesOnde histórias criam vida. Descubra agora