𝑭𝑰𝑿 𝒀𝑶𝑼.
𝐓𝐑𝐈𝐋𝐎𝐆𝐈𝐀 '𝐀𝐋𝐖𝐀𝐘𝐒' ● 𝐋𝐈𝐕𝐑𝐎 𝐔𝐌
⸻ Após dois anos no Missouri, aproveitando de uma estadia calma e divertida na fazenda de Clint Barton, Amelia Griffins decide retornar a loucura de New York e reencontrar os amigos...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Parte Um "Lost in the dark, all I needed was light. The flame of the lantern was fascinating. Little did I know that the flame was enough to burn everything down." – Avi Mrigank –
2009 New York — Manhattan
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Estava chovendo naquela noite, o vento forte fazia com que os galhos da árvore batessem contra a janela de seu quarto. No andar debaixo, podia-se ouvir o som abafado dos talheres batendo contra os pratos e as conversas paralelas de sua família adotiva.
Amelia encarou a cama, seu prato de comida intocado e o copo de água tombado no chão, o líquido transparente encharcando o carpete bege. A menina mordeu o lábio inferior e ergueu-se da cadeira, pegando sua mochila debaixo da cama e colocando os seus poucos pertences dentro da mesma.
Já havia decidido. Não aguentava mais aquelas pessoas. Aquela vida.
— Não vamos desistir, Amy — disse encarando o próprio reflexo no espelho trincado.
— Amelia! Pode vir tirar a mesa, já terminamos. — Sua mãe adotiva gritou do andar debaixo. Amy engoliu seco e encarou os braços roxos.
É agora ou nunca.
Ela colocou a mochila nas costas e correu até sua cama, pegando seu urso de pelúcia rosa e enfiando debaixo da blusa de moletom. Olhando uma última vez para o quarto pequeno e mal ventilado, Amy ergueu as mãos e mostrou o dedo do meio.
— Adeus!
Ela foi até a janela e hesitou ao ver a chuva torrencial que caía do lado de fora. Será que era um sinal para não fugir?
Ignorando seus pensamentos, Amélia abriu a janela e colocou o corpo para fora, sentindo as gotas de chuva baterem contra sua pele quente. Agarrou-se em um galho de árvore e encarou a lata de lixo posicionada bem debaixo de sua janela.
— Pula, pula... — murmurou para si mesma, tentando criar coragem para se jogar do segundo andar. — Pula!
E ela pulou, seu corpo caindo dentro da lata de lixo que amorteceu sua queda. Antes de sair, botou a cabeça para fora, observando a vizinhança. O único som era da chuva batendo contra o asfalto com violência.