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A luz amarelada piscava continuamente sobre sua cabeça, se chegasse a queimar ficaria no completo breu

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A luz amarelada piscava continuamente sobre sua cabeça, se chegasse a queimar ficaria no completo breu. Os dedos longos batucavam contra o tampo de madeira e as pernas balançavam de um lado para o outro em ansiedade.

Os olhos escuros encaravam os inúmeros papéis sobre a mesa, não de fato prestando atenção no conteúdo, mas perdido entre as linhas e palavras. A porta se abriu em um estrondo, o rapaz franzino tinha os olhos tão perdidos quanto os de Carl e suas mãos tremiam.

— O que houve? — questionou parando os movimentos de suas pernas e dedos.

O rapaz engoliu seco gesticulando com as mãos, e abrindo e fechando a boca incessantemente. O doutor fechou os olhos por um momento e bufou impaciente, espalmando a mão com violência contra a mesa.

— Desembucha! — ordenou ao encará-lo.

O rapaz — Heinz ou Haley, não conseguia se lembrar qual era o nome do menino — caminhou até a mesa de Carl, o suor escorrendo por sua testa e nuca, incerto se deveria deixar a conversa para outra hora ou dizer logo o que havia acontecido.

— Garoto, vou ter que dar um tiro no meio da sua testa ou você vai abrir a droga da sua boca e desembuchar? — Sua voz era calma com um sorriso fraco no canto dos lábios. Como se não tivesse acabado de ameaçar uma pessoa e sim apenas dito o que iria querer de jantar.

O tal Heinz — ou Haley — engoliu seco e apertou as mãos em punho, olhando ao redor e enfim abrindo os lábios para falar.

— A menina... Atingiram ela — disse de uma vez, Carl arregalou os olhos e ergueu-se bruscamente da cadeira.

— Ela está bem? — indagou com a voz fraca e sentindo a cabeça latejar.

— Ela chegou a morrer, senhor. Não sabemos se conseguiu sobreviver.

— Ela sobreviveu! — disse incerto. — Ela sempre sobrevive. Aquela garota não iria morrer fácil assim, né? — olhou para o garoto que deu de ombros e estalou os dedos.

Carl voltou a se sentar, apoiando as mãos na cabeça e encarando a mesa de madeira preocupado. E se ela tivesse morrido? E se de fato ela não fosse imortal como pensavam? O que ele faria sem sua Solis?

— Quem foi? — questionou. O garoto desviou o olhar para o chão e deu um passo para trás.

— Um dos nossos, senhor.

— Quem? — gritou com os olhos cheios de água, o rosto vermelho e as mãos tremendo.

— Ele foi morto pelo arqueiro! — falou encostando as costas na parede gelada. Zemo esfregou as mãos no cabelos e olhou ao redor, seu coração batendo descompassado e as esperanças esvaindo por entre seus dedos. Os sonhos sendo destruídos um a um conforme sua mente o dizia que Solis estava morta.

Em um movimento rápido e envolto por raiva, o homem jogou todos os objetos sobre a mesa no chão. Respirava como um touro raivoso, o nariz enrugado e os lábios abertos e salivando. Estava tudo acabado. Toda a sua pesquisa. Anos e anos moldando e lapidando Amelia para ser a melhor e mais potente arma humana que a Hydra necessitava. Tudo destruído.

✓ Fix You¹ • Bucky BarnesOnde histórias criam vida. Descubra agora