19 - Dois minutos para a meia noite.

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— Por que estamos na floresta as dez e meia da manhã em pleno sábado? — Clary pergunta atrás de mim

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— Por que estamos na floresta as dez e meia da manhã em pleno sábado? — Clary pergunta atrás de mim.

Hoje o dia não estava colaborando comigo. Falhei, como sempre, em rastrear Halwyn com magia, e tentar o encontrar. Minha magia nunca funcionou nele, e é como se ele tivesse a habilidade de se esconder de mim. Theo sumiu, e não atende minhas ligações, talvez ele precise de um tempo sozinho, ou está por aí curtindo sua vida, eu não sei, mas não deixo de me preocupar, já que tem caçadores por aí.

Me viro de frente pra ela, andando de costas e sorrio, segurando a sacola pesada em mãos, e depois a solto no chão, observando a garota morena.

— Vamos treinar suas habilidades, novos feitiços, defesa pessoal e ver se você é boa com armas. — Dou de ombros, e ela sorri, cruzando os braços.

— Eu praticava arco e flecha uma vez, eu era até que boazinha. — Ela comenta, e eu sorrio em sua direção.

— Já é alguma coisa. Eu sou péssima com armas, acredite. — Faço uma cara feia, e começo a mexer na sacola que eu havia trazido.

Ela ri e eu observo o lugar em que estamos. Era uma clareira no meio da floresta, um vento forte batia contra as folhas das árvores, fazendo com que elas caíssem no chão, e deixo que meus olhos se recaiam sobre Clary discretamente, ela me observava, esperando alguma ordem ou coisa do tipo.

Pego uma faca discretamente e jogo na direção dela que segura a faca com magia. Garota esperta. Se ela não conseguisse pegar, eu a curaria, afinal, escolhi um ponto "cego" de seu corpo para jogar a faca.

— Seus reflexos são rápidos. Isso é bom. — Comento, pegando uma garrafa de água, e tomando um grande gole.

— E se você me acertasse? — Ela pergunta um pouco brava, e indignada.

— Eu vi que você estava me olhando, por isso joguei perto da sua barriga, assim se acertasse você eu te curaria. Já disse que não vou fazer mal pra você, nem que não seja intencional.

Ela me olha e sorri de canto. Pego um arco pequeno que eu trouxe e alcanço pra ela, junto com uma mochila de flechas. Ela segura tudo, e arruma as peças, deixando as flechas atrás das costas.

Ando devagar para não afundar minha bota no barro e coloco um alvo em uma árvore, um pouco distante dela.

— Tudo bem, coloca a flecha e atira no alvo. — Falo e me coloco a alguns metros do lado do alvo.

— Sai daí, eu posso acertar você. Ainda não sou muito boa. — Ela diz, e arruma melhor o arco em sua mão, suspirando impaciente com a minha insistência naquelas atividades nada habituais para um sábado de manhã.

— Então é bom você ficar boa logo, ou você vai acertar isso na minha cabeça, eu vou morrer e você vai ficar sozinha na floresta. — Dou de ombros, como quem fala algo sobre o tempo, e ela nega com a cabeça.

𝐅𝐈𝐑𝐄𝐏𝐑𝐎𝐎𝐅 | 𝗧𝗪.Onde histórias criam vida. Descubra agora