t r e z e

1.7K 176 68
                                    

A melhor sensação do mundo é a do aconchego. Voltar para casa, tirar os sapatos e deitar no sofá com o cheiro do seu lar, beber um café quentinho enquanto a chuva bate no vidro da janela, terminar de ler um livro com um sorriso nos lábios, rir sozinha de uma piada que ouviu anos atrás, ficar abraçada em alguém que demonstra se importar com você.

Sentada no sofá, com uma das pernas sobre as coxas de Taylor, sinto o calor da palma de sua mão escorregar cuidadosamente pela minha pele. É um dos momentos favoritos do meu dia, apenas ficar aqui, ao lado dele, dividindo algo tão íntimo. Taylor é muito diferente de Adam. Ele cuida de mim de um jeito sutil, sem pressão, sem excesso, sem asfixia. Sorrindo, brincando, me provocando e me alimentando dele.

Lentamente, o carinho despretensioso se trasforma em uma carícia erótica. Agora não sou apenas tocada pelas mãos de dedos grossos, os lábios úmidos e quentes são pincéis desenhando a minha pele.

Fecho os olhos e solto o ar com um gemido rouco quando sinto a pressão da boca dele contra o meu sexo protegido pelo tecido de renda da calcinha. Taylor não me dá o prazer; ele apenas mostra que existe, me preparando para me levar para outro lugar. Depois, afasta o pano com a boca e passa a língua morna pela virilha, bem devagar, aproximando-se perigosamente do lugar que pulsa na mesma medida que o meu coração.

Deixo escapar um jato forte de respiração quando ele prende o botãozinho de carne entre os lábios franzidos, usando-os para sugá-lo. Eu me contraio ao sentir a língua macia e quente entre as minhas pernas, circundando a zona de prazer num exercício quase sádico.

Taylor deita por sobre mim e mete o pau fundo, mas devagar, polegada por polegada, enquanto mantém seus olhos presos nos meus. É uma delícia o pau dele, uma delícia grande e dura, potente e macia. Às vezes ele me penetra com suavidade, deslizando aos poucos, aderindo às paredes da vagina; outras, soca fundo, rápido e violento, duro e preciso. Taylor faz sexo de um jeito viciante que mistura agressividade e ternura erótica.

Flexiono os joelhos separando ainda mais as pernas a fim de recebê-lo todo dentro de mim, o corpo grande e pesado que se encaixa entre as minhas coxas, acomodado de forma natural e perfeita, peças que se combinam e se atraem.

― Tô viciado em você, Antonella. ― A voz dele parece vir de longe, embalada pelo som das carnes úmidas se chocando, o pau entrando e quase saindo.

Abraçados, ele ainda dentro de mim, me beijando sem pressa, trazendo-me para o seu colo, de frente um para outro, gozando, olhos nos olhos.

Mantenho os olhos bem abertos e admiro a transformação da face do meu amor. Ao atingir o ponto agudo do prazer, ele fica ainda mais lindo e sensual. As delicadas rugas ao redor dos olhos salientam, os dentes frontais mordem o lábio inferior e a expressão inteira do rosto é a de dor aguda e boa, dor boa, a pele brilhando pela fina camada de suor. Por isso eu não fecho os olhos depois que gozo. Porque é a vez dele.

O tempo está nublado e friozinho. Faço um café e o levo para ele que permanece na cama.

― O que acha de não ir para o bar hoje à noite e ficar comigo?

― Você está me acostumando mal... já matei o trabalho três vezes esta semana, não posso deixar o Zac na mão. Ainda mais hoje que ele só está esperando eu chegar pra levar a Thamy pra jantar.

Minha mão escorrega para dentro do lençol, buscando e encontrando o pau semiereto. Sinto-o estremecer quando o encaro, olhos nos olhos, sem pausar os momentos, masturbando-o bem devagar.

― Para de me olhar assim, pilantra. Tem alguma coisa no modo como você me olha que...sei lá, hipnotiza.

― São os olhos do amor. ― Debocho, batendo os cílios num gesto exagerado.

Sempre foi você (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora