Capítulo 11 - Sir Darwin Flynn

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Arthur havia acabado de chegar na Escócia para executar a cirurgia de Peter. E outros assuntos.

Em outras ocasiões, Arthur ficaria hospedado nos quartos da Mansão Blake, com seus pertences e seu arsenal. Devido a recente ''reforma'' hospedou-se num hotel, próximo ao hospital.

O quarto era agradável. Tinha belas cortinas nas janelas; a cama era confortável; um tapete de veludo vermelho cobria o piso de madeira. O banheiro não era nada humilde, com banheira de ouro, chuveiro de ouro. Ele só queria uma água quente, é pedir demais?

Despiu-se e tomou um longo banho. Passaria a noite numa sala de cirurgia manuseando ferramentas que podem salvar a vida de Peter, ou condena-la. Enxugou-se com a toalha branca do hotel e a enrolou na cintura, a fim de separar sua roupa, que ainda estava dobrada dentro da mala.

Ao caminhar até a mala, notou sons no corredor. Sons que estavam se aproximando de seu quarto rápido demais. Rapidamente, Arthur sacou sua pistola 9mm do coldre que estava jogado na cama e puxou o gatilho.

Batidas na porta. ''Um agente não pode ficar muito tempo em locais públicos, se mostram vulneráveis e podem por outras pessoas em risco.'' Aproximou-se da porta lentamente com a arma apontada. Respirando devagar, e calculando os passos. Bolando rotas de fuga caso seja pego.

- Quem é? - perguntou Arthur, já que a porta não tinha por onde ver.

- Dr. Martin?

- Quem é?

- Alfred da recepção. Deixaram um recado para o Dr. Martin.

Arthur suspirou aliviado. Desengatilhou a arma e a colocou sobre a mesinha. Abriu a porta. Uma fresta para poder ver o homem. Alfred era ruivo, tinha um cavanhaque desgranhado crescendo em seu rosto. Usava um óculos de festa em formato de abacaxi com cores vibrantes. Seu uniforme estava impecável e seus cabelos levemente cacheados cobertos pelo chapéu da recepção.

- Sim, eu sou Martin. Diga Alfred. - Alfred surpreendeu-se ao ver que o hóspede estava vestido apenas de toalha.

- O senhor poderia... vestir uma roupa? - pediu.

- Sinto muito, acabei de sair do banho.

- A infermeira do hospital ligou. O paciente pediu para vê-lo antes da cirurgia.

- Obrigado. Mais alguma coisa? - Perguntou Martin, ansioso para ver o homem ir embora.

Alfred estava curioso sobre o sujeito. Tentou espiar por trás de Arthur qualquer coisa suspeita. E então viu o cano da pistola na mesinha.

- Dr....

- Sim? - Arthur estava impaciente.

- Aquilo... é uma arma? - Apontou.

Arthur fechou a porta imediatamente.

"Meio imprudente, mas era isso ou mentir. E eu não minto."

O recepcionista pensou o que civis pensam. ''Ah, deve ser mais um dos atiradores envergonhados...'' Mal sabia ele que Arthur Martin Bell era um dos melhores agentes do Serviço Secreto de Glasgow.

Preocupado por seu disfarce quase ser descoberto, Arthur vestiu-se rapidamente com a camisa social e o colete. Puxou a calça e fechou o cinto. O doutor não queria levar a pistola para o hospital, mas sendo ele um agente cuidando de outro agente incapacitado... o melhor a se fazer é vestir o coldre e guardar a arma. A noite estava anormalmente quente, mas Martin vestiu o paletó e o fechou. Antes de sair checou o celular.

''Susan:

Arthur, amanhã vou levar Clara para escolher um cavalo no Rancho do Bill, você deposita o dinheiro na conta dele amanhã.

Organização Secreta De Glasgow: LDC Parte 2Onde histórias criam vida. Descubra agora