• Chapter 1 •

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As pessoas tem ideias erradas sobre os psicopatas. Pensam que todos somos assassinos perturbados. Mas, na verdade, só vamos atrás daquilo que nos dá prazer. Pode ser dinheiro, status, poder... E em alguns deles, sim, torturar e matar. É, o que eu posso dizer, somos viciados em dopamina.
Dizem que podemos "ler" as pessoas. Em certa parte, estão certos. Psicopatas podem não ter emoções, mas conseguem analisar muito bem como e por que as outras pessoas se emocionam. Digamos que são estudiosos da natureza humana, prontos a usar o que aprenderam para o próprio interesse.

Sabe quando uma pessoa religiosa sente vontade de se masturbar? Certo, digamos que essa pessoa se masturbe, e em seguida começa a sentir aquela culpa imensa. Ela foi atrás do que queria, não? Queria sentir aquele prazer, e sentiu, mas no final, a culpa acabou vindo junto. É, a parte boa é que não sentimos isso. Se queremos prazer, vamos atrás do que nos dá prazer, e pode ser nas coisas mais inusitadas. O ponto é, vamos atrás daquilo que nos dá prazer, e não sentimos remorso algum por isso. Entendeu? Eu sei. Incrível.

Como eu disse, somos viciados em dopamina. O cérebro dessas pessoas não só produz uma quantidade superior dessa substância, quanto precisa de mais e mais dopamina. Espera aí, não sabe o que é dopamina!? Minha nossa, já vi que vou ter que explicar tudo por aqui. Certo, para quem não sabe, esse neurotransmissor ativa os sentimentos de recompensa no cérebro e causa sentimentos bem parecidos com que costumamos sentir ao nos apaixonar ou até mesmo, quando comemos um chocolate.
É por esse motivo que os psicopatas não medem consequências para conseguir o que querem e para fazer coisas que lhes dão prazer, como controlar pessoas ou mesmo matar. Pelo menos foi isso que os estudos realizados na Universidade de Vanderbilt, em Nashville, nos Estados Unidos; concluíram recentemente.

Bom, eu prometo esclarecer todas as dúvidas, mas por hora, daremos início à nossa história.

"Ele estava amedrontado, o ambiente começava a se tornar frio e sombrio, enquanto uma sombra caminhava na escuridão.
--- Dean! Não! Não, por favor Dean!! --- gritava um Castiel atormentado, de joelhos no chão e..."

Espera aí.

Estamos muito adiantados. Há muitos acontecimentos que eu quero lhe contar, que aconteceram antes desse fatídico dia.

Voltemos um pouco mais, sim? Ótimo, voltando... Onde a nossa história teve início, onde tudo ainda era normal.

Bem, depende qual sua concepção do que é 'normal'.

-x-

Kansas city

September 06th, 1991.

Tudo começou no dia 6 de setembro de 1991, Kansas city, em Holy Cross Catholic School, onde eu estudava.

Que ironia, um colégio católico.

Enfim, eu estava com meus 17 anos de idade, deveria estar fazendo coisas que os adolescentes normais e medíocres da minha idade faziam, sair para beber, ir a festas, namorar, transar, pedir um carro aos meus pais só para poder transar mais quando eu bem entender, e jogar papel higiênico na casa de alguma das professoras. O que para eles era incrível, para mim era um porre.

Não se engane, eles poderiam estudar em uma escola católica, mas não eram santos, ninguém ali era. Digamos que a sagrada Ave Maria cheia de graça, mãe do Senhor, tinha seus olhos sangrando com as coisas que aconteciam naquele lugar.

Uma vez, quando eu tinha 9 anos, voltei para a sala de aula, para buscar minha mochila que havia esquecido, e vi meus professores de geografia e matemática fazendo coisas que com certeza não eram puras. Hipócritas.

Enfim, voltando, foco, 17 anos.

Eu ainda não havia sido diagnosticado com psicopatia.

Quer dizer, tínhamos dúvidas quanto a isso, mas nunca tivemos certeza.

Mas nesse dia, 6 de setembro de 1991, foi o dia em que descobri tudo, em que tudo ficou claro, pela primeira vez na minha vida, pude entender porque não me importava em fazer alguém chorar, porque eu não dava a mínima se havia magoado os sentimentos de alguém, ou até mesmo porque eu não conseguia sentir o que os outros sentiam.

Foi nesse dia, conversando com a terapeuta escolar, coisa que fazíamos todo mês, o que era um porre, que eu descobri que era, bom, um psicopata.

Lembro-me direitinho de como ela me encarou quando me perguntaram no que eu era bom: minha resposta foi "manipular pessoas".

Bom, poderia ser só coisa de criança, mas, ela não parou por aí. Mais algumas respostas minhas a outras perguntas, e meus pais tiveram que comparecer na escola para uma "reunião" de última hora.

Ainda não tínhamos certeza, mas a terapeuta escolar indicou um psiquiatra, e minha mãe chorou com a possibilidade de ela estar certa, enquanto meu pai parecia não estar entendendo nada.

Na minha primeira consulta, a psiquiatra me indicou um livro chamado "150 hábitos e características de uma pessoa com psicopatia" o que para mim foi uma indireta bem direta.

Comecei a ler o livro, e quando terminei, adivinhe só?! Isso mesmo. Me identifiquei com todos os 150 fatos e características daquela droga de livro.

Depois de uma semana recebendo perguntas toscas como "o que você sente quando vê alguém chorando?", fui diagnosticado com toda a certeza que eles poderiam ter, com psicopatia. Não é incrível?

Sabe, eu não era tão burro, e já havia notado vários comportamentos estranhos que eu tinha, então para mim, não foi uma surpresa tão grande assim descobrir que basicamente, eu não tinha sentimentos.

Não sinta pena, sério, isso até que é bem legal, você basicamente é neutro, a tudo e a todos, você não sente como os outros sentem, você não tem remorso como os outros tem, e também... Você não pode amar como os outros amam.

Poderemos estar em 3420, o que eu acho quase impossível, o mundo nunca vai durar até lá. Enfim, podemos estar evoluindo, mas a opinião das pessoas sobre seres humanos que tem psicopatia, nunca vai mudar. E eu acho um dos motivos que esse assunto ainda causa e sempre causará tanto tabu na sociedade, é porque, simplesmente, nenhuma dessas pessoas com essa doença, tentou explicar a eles, como é que tudo isso realmente funciona, ninguém com essa doença nunca realmente tentou explicar que não é como nos filmes. E é por isso, que estou escrevendo neste caderno velho. Para que você entenda, de uma vez por todas, a realidade e a verdade por trás deste assunto.

Bom, eu estou cansado, então, escreverei um pouco mais amanhã certo? Aliás, minha mãe está no meu pé, ela realmente acha que eu ainda posso iniciar uma terceira guerra mundial à qualquer segundo, ou ser um futuro Hitler, mal sabe ela que eu não vou ser o otário que fará isso. Enfim, até a próxima.

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A saga de Sweet but psycho começou oficialmente ksjsjkjs e bom, eu já vou deixar aqui a playlist de apenas algumas músicas que vão aparecer na fic (eu vou adicionando mais algumas depois, se eu resolver colocar mais ;)
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"Playlist Sweet but psycho"

· Medicine, Harry Styles

(Sim, eu sei que essa música maravilhosa vulgo obra de arte não saiu em versão de estúdio, mas dnc, vai ter mesmo assim.)

· Sweet but psycho, Ava Max

· Teeth, 5sos

· Bad guy, Billie Eilish

· Bellyache, Billie Eilish

· Idfc, Blackbear

· Bohemian Rhapsody, Queen

· Surrender, Natalie Taylor

· So bad, Brandon Skeie

· Talking to the moon, Bruno Mars.

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Lembrando que essas são apenas algumas das músicas que vão aparecer ao decorrer da fic, vou soltando mais algumas nos outros caps, obg por lerem <3

Sweet but psycho || destiel Onde histórias criam vida. Descubra agora