ALYSSA SALTITAVA, alegre por estar em um momento tão gostoso e familiar. Aquilo estava-a fazendo tão bem. Millie ria sentindo uma pontada de ansiedade para o que lhe aguardavam. Finn estava tão feliz quanto a filha, só não demonstrava tanto.
- Papai, mamãe, fiz um deseno pra voxes! — tirava a folha de papel de sua mochila.
No desenho estavam estampados Millie segurando uma mão de Alyssa, e Finn segurando a outra, em um campo vasto de flores e um céu completamente azul.
- Que desenho lindo! — Millie deixou um beijo na bochecha da mais nova, que sorrio ainda mais com o elogio.
- Brigada, mamãe.
- Eu amei o desenho, filha. — Finn elogiou recebendo um beijo estalado na bochecha vindo de Aly.
- Brigada, papai!
Então assim, Millie pegou o desenho e colocou sobre a plataforma que ficava em cima do rádio, para não amassar. Logo após, eles saíram do carro, se aproximando de um playground de madeira.
- Papai, me balança? — a pequena pediu se sentando no balanço novinho. Finn Coração-Mole Wolfhard se derreteu com a carinha que lhe fez, e logo sorriu, se aproximando e começando a empurra-la de um jeito suave.
- MAIS ALTO, PAPAI! MAIS ALTO! — Gritava enquanto gargalhava.
Millie se sentia grata por presenciar momentos como estes. Finn era tão apegado, tão dedicado, e tão amoroso com sua filha que não poderia deixar de se apaixonar por ele.
Na verdade, era claro e nítido á todos de que, aquela simples "paixãozinha de adolescência" não passara. Eles eram apaixonados um pelo outro e já admitiam para si. Mas, nunca confessariam em voz alta, em alto e bom som.
- Olha, olha, mamãe! — Aly chamava sua atenção e Finn sorria a empurrando mais alto.
Millie sorriu.- Okay, e eu cansei. — Finn suspirou pesado, vendo o brinquedo balançar pela última vez, e ajudar sua filha a descer das barras de madeira que a prendiam.
- Eu vô pra o ecorrega, tá bom? — Aly disse, e Finn assentiu, meio que permitindo que ela o fizesse.
- Toma cuidado, certo? Qualquer coisa, estamos bem ali — apontou para o banco branco onde Millie se encontrava mexendo no telefone.
- Celto. — sorriu, e saltitou até o escorrega.
- Cheguei. — o cacheado anunciou se sentando no banco, estirando os braços sobre o mesmo, jogando a cabeça para trás, e fechando os olhos.
- Oi, Finn. — Millie sorrio suspirando.
- O que está achando do dia?
- Ótimo. E você?
- Está sendo um dia muito agradável. — Millie permanecia olhando discretamente Alyssa, para caso se machucasse, mas riu debochada.
- Está sendo um dia legal. — o cacheado corrigiu.
- Posso te fazer uma pergunta? — a morena pediu, corando logo em seguida.
- Claro.
- Por que pareceu incomodado com o amigo da Aly?
- Ahm... — Coçou a cabeça. — É que... — Limpou a garganta. — É que é muito cedo pra isso. Ela só tem quatro anos!
- Muito cedo para quê?
- Ah, Mills! Não finja que não viu como ele olhava para ela. Ele até elogiou ela. A Alyssa corou. COROU! — Repetiu, dando destaque a aquela palavra.
- Finn, mas do que ninguém, você sabe que meninos e meninas têm todos os direitos à amizade. Qual é o problema? Sinceramente, não vejo uma amiga da Aly desde que a conheci. Pode ser normal, óbvio. Mas que criança de quatro anos não vive falando de seus amigos para lá e para cá? Por que ela não? Por que ela desconversa sobre esse assunto todas as vezes?
Finn parou para pensar. Alyssa nunca falou de coleguinhas da escola. Normalmente, falava mal da escola, chegava triste de lá.
- Não quero brigar com você, mas o que eu quero dizer, é que a nossa filha provavelmente fez sua primeira amizade agora, e eu não vou permitir que coloque tantos defeitos naquele menino tão doce!
- Millie, desculpa. Eu sei, e não vou estragar isso. Mas eu me preocupei agora. — A mulher franziu o cenho. — Ela odeia ir para a escola. Faz de tudo para não ir. Nunca falou de amigos... — Foi ligando os pontos. — Será que há algo errado?
No momento em que Millie ia responder, foi cortada pelo barulho do grito fino:
- PAPAI, MAMÃE! — A voz doce de Aly chamou, soando chorosa. Eles correram até ela, preocupados.
- Amor, o que aconteceu? — Millie ajudou a garotinha a levantar. O que obteria sucesso se não houvesse ralado o joelho. Pois Aly começou a marcar.
Finn pegou a filha no colo, e a levou de volta ao banco de madeira onde estavam.
- Filha, o que aconteceu? — Wolfhard tentava manter a calma. Isso não acontecia muito, mas quando acontecia, Alyssa ficava nervosa, e ele mais ainda.
- E-eu caí. — Soluçou.
- Você tem certeza de que foi só isso? — Millie perguntou, lançando um olhar a uma menina que sorria para eles, da escada do brinquedo. A pequena assentiu várias vezes.
- Se eu te comprar sorvete, passa? — O cacheado sorriu, secando as lágrimas da menor.
- Uhum... — O provável casal riu, e se levantaram, indo em direção ao carro. Colocaram Alyssa na cadeirinha so banco de trás, se sentando nos bancos da frente.
- Podemos passar na farmácia antes? — Millie sussurrou para Finn, que assentiu.
[...]
- AI, MAMÃE! — Alyssa gritou em meio aos soluços. As lágrimas rolavam enquanto Millie lavava o machucado da filha.
Brown não deixara de sentir aquele aperto no coração por ver a filha sofrendo, mas era preciso.
- PARA, PUFAVÔ! — implorou.
- Meu amor, eu já tá quase acabando... — disse sofrendo ainda mais que Alyssa.
- Mill, toma cuidado... — Finn falou com cautela, atraindo um olhar fuzilante da mulher. Depois de três minutos de puro sofrimento, Millie deu um beijo na bochecha de Aly, sorrindo logo em seguida:
- Acabei. Podemos ir tomar sorvete agora. — deixou de lado o algodão e o esparadrapo.
- Obrigada, mamãe. Mas esse remédio dueu... — encarou o joelho enfaixado.
- Desculpa, bebê. — abraçou a pequena, e Finn, que apreciava a cena, abraçou as duas cessando sua vontade de fazer tal ato.
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I still love you | fillie
FanficMillie volta para onde passou toda a sua adolescência com um motivo. Um belo e surpreendente motivo. New York não está mais a mesma, assim como ela. Assim como Finn. - Plágio é crime! Espero que gostem da fic<3 Concluída🤧