Minha aparência era algo que eu não falava muito. Não me acho feia, mas não me considero também uma Gisele Bündchen, ou uma Sadie Sink.
Atualmente, sentia vontade de mudar algo em mim, mas me questionava o que. Gosto dos meus olhos, não colocaria lentes de contato. Meu jeito de me vestir me agrada, e o comprimento do meu cabelo é ótimo.
Luzes, talvez?
Como eu ficaria com algumas mechas mais claras?
Pedir a opinião de Finn para certas coisas não era tão seguro. Ele é 100% sincero em algumas ocasiões, mas em outras não quer me deixar triste, como então ele diria "Não faça, vai ficar horrível!"? É lógico que ele mentiria, falando que iria ficar bom.
Mesmo assim, às vezes consigo sentir em sua voz, e então, enquanto esperávamos a hora da aula de Alyssa acabar, tentava aproveitar que nossa conversa girava em torno do assunto "cabelo" para pedir sua opinião.
— Eu já alisei o cabelo, lembra? Você detestou!
— Detestei mesmo! Ficou péssimo, prefiro mil vezes os seus cachos.
— Eu sei, eles são meu charme.
Eram mesmo uma preciosidade. Passando levemente minha mão pelo seu cabelo enquanto ele olhava algo no celular, falei:
— Você acha que eu ficaria bem com luzes?
Ele levantou o olhar do aparelho, e o alternou entre meu rosto e o meu cabelo, assentindo em seguida.
— Ficaria ótimo, Mills.
— Mesmo?
— Você fica linda de todos os jeitos, amor.
— Obrigada. — Sorri, deixando um beijinho na sua bochecha.
Depois de guardar o objeto que segurava com cuidado em suas mãos no bolso, suspirou e entrelaçou meus dedos aos seus.
— Problemas? — Presumi.
— Nada que não possa ser resolvido. — Assenti. Aquele sorriso de sempre logo iluminou seu rosto;
— O que quer de presente?
— O quê?
— Amanhã é o seu aniversário, gata. O que quer ganhar?
— Quando você me chama de "gata" parece que está drogado. — Comentei com um sorriso divertido. Finn revirou os olhos, como se pedisse que não fugisse do assunto. — Não sei, Finnie. Não tem nada ao seu alcance que eu queira.
— O que não está ao meu alcance?
Minha família aqui comigo.
Provavelmente ele sabia o que era, me conhecia mais do que ninguém, porém fui salva de dizer especificamente assim que o sinal tocou. Nossa pequena apareceu rindo com Henry no portão, como sempre.
Sabíamos que esses dias ambos estávamos bastante ocupados pelo trabalho, e Aly não poderia ficar sempre só com a babá. Não é o tipo de pais que queremos ser.
Hoje finalmente conseguimos o dia livre para passar com ela, e então vamos aproveitar.— Olá, Henry. — Cumprimentei.
— Oi, tia Mills. É aí, tio Finn?

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I still love you | fillie
FanficMillie volta para onde passou toda a sua adolescência com um motivo. Um belo e surpreendente motivo. New York não está mais a mesma, assim como ela. Assim como Finn. - Plágio é crime! Espero que gostem da fic<3 Concluída🤧