Então é Natal...
Estou muito animada. O Natal definitivamente é minha data favorita. O espírito natalino faz a gente se sentir mais compadecido com o próximo. Nessa data você sente a necessidade de ajudar o próximo, de fazer coisas boas, de levar um pouquinho de alegria ao próximo. Pensando nisso, eu e o pequeno grupo de jovens da igreja iremos visitar os idosos do asilo da cidade no intuito de levar um pouquinho de amor à aqueles que estão tão distante de suas famílias.
Sabe, lá eles são bem cuidados, tem assistência, fazem passeios, recebem presentes, amor e carinho, mas a presença da família é o que causa maior dor.
Alguns estão aqui porque querem, outros porque a família não quis terá responsabilidade de cuidar deles. É tão fácil ser descartado quando não se é mais útil. Eu fico com um pequeno aperto no peito quando ouço algumas histórias como a de Joana.
Ela tem 70 anos, é uma senhora um tanto quanto ranzinza, mas tem uma história de mexer com qualquer um. Ela é mãe de cinco, três mulheres e dois homens. Está aqui no asilo à 6 anos e a família quase nunca aparece. Se você a perguntar sobre a família ela nega ter qualquer filho, mas as funcionárias contaram que por ter sido deixada aqui sem sua vontade, se tornou um tanto amarga.
Já a Batatinha, apelido ao qual todos chamam Ana, é uma mulher alegre e disposta. Ela ama pulseiras, anéis e esmalte. Vez ou outra acaba pegando alguns escondido. Eu acho incrível os projetos que o grupo de jovens desenvolve nesses lugares. Outra coisa boa é que sempre viajamos à passeios e para retiros de oração. Eu não sou uma pessoa que frequenta sempre a igreja, mas eu busco sempre estar próxima de Deus.
- Ei Sol, você pode me ajudar com esses enfeites? - questiona minha mãe enquanto se enrola toda com o pisca-pisca.
- Claro. - pego a corrente de luzes e desembaraço os nós.
Eu amo decoração natalina. Essa época do ano é tão mágica, me deixa eufórica. Ajudo minha mãe a enfeitar a pequena árvore de natal, coloco pisca-pisca ao redor das janelas que dão para a varanda da frente. Aproveito para fazer dois discos de E.V.A com desenhos de temas do natal.
Sorrio com o resultado.
Amor: Oi princesa, eu não sei se vou passar o Natal com você na casa dos seus primos.
Você: Por que amor? Anem, não acredito. Todo mundo sempre pergunta de você.
Amor: Eu sei, mas é porque eu não gosto.
Você: Eu esperava que você fosse ser mais companheiro.
Amor: Tudo bem, eu vou, mas por você.
Você: Obrigada Amor!
Eu não sei porque ele faz isso, eu queria tanto que ele fosse mais participativo. Quase nunca ele me acompanha nas festas de família e isso me deixa tão chateada, mesmo que as vezes eu não demonstre. Não sei se ele tem vergonha ou se é o jeito dele de ser. Já faz 2 anos que estamos namorando e até hoje ele não mudou muito. Preciso confessar que agora ele não me ignora na rua como antes, mas faz esse tipo de situação.
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Já é noite, meus pais estão prontos para ir para o nosso jantar de Natal. Minha mãe fez uma travessa de fricassê e devo confessar que está deliciosamente cheiroso.
Retiro o carro na garagem e aguardo que eles entrem. Sigo pelas pequenas ruas aos arredores de casa, até parar enfrente a casa de Martin. Ele sai com um sorriso que me deixa úmida.
- Boa noite. - cumprimenta os meus pais que retribuem o sorriso. Ele coloca o cinto de segurança e eu sigo rumo ao nosso destino.
A casa da minha prima fica à algumas ruas de nossa casa. Toda à minha família estará presente, isso por parte de mãe é claro porque os do meu pai moram em cidades vizinhas.
Toco o interfone e animadamente minha prima vem atender.
- Vamos entrando Sol. - sorrio dando um abraço apertado nela. - Oi Martin, seja bem vindo.
- Obrigado!
Adentramos e Martin já se senta em uma das mesas disponíveis na varanda. Eu entro para cumprimentar minha família. Alguns passam por Martin e eu fico envergonhada por ele não falar com eles da forma como eu esperava. Fico imaginando como seria se fosse Nicolas... com certeza ele já estaria contando alguma história. Isso me faz rir.
- Você deveria ser mais sociável. - digo comendo um quadradinho de mussarela.
- Não começa. - eu reviro os olhos e foco na comida porque aqui nessa DR está difícil. Nicolas podia entrar no facebook hoje, eu gostaria muito de falar com ele, sei lá é tão bom.
Mais alguns primos chegam e juntos embalamos uma conversa animada sobre cursos e faculdade. Martin apenas fica olhando sem se entrosar.
Às 22 horas a ceia é servida e todos comemos saboreando os vários sabores. Tem um pouquinho de cada tempero e olha que minha família possui cozinheiras de mão cheia. Experimento um pouco de arroz à grega, feijão tropeiro, fricassê, strogonof, lasanha, salpicão e salada tropical.
- Você está tão linda. - Martin chama de atenção enquanto eu retoco o batom para tirar uma foto. - Adoro como seus lábios se destacam com esse batom. E também quando você faz isso... - ele joga meu cabelo para o lado.
Faço uma cara sexy, tipo daquelas modelos de capa de revista. Ele arqueia a sobrancelha e deposita um selinho em minha boca.
- Isso me deixa com calor. - brinco me sentando. Martin é um vulcão. Da última vez que transamos ele aguentou três vezes seguidas.
- Eu posso apagar seu fogo lá no meu quartinho. - ele morde os lábios e eu sinto vontade de agarrá-lo aqui mesmo.
- Proposta tentadora, mas você sabe que meus pais não me deixa dormir fora.
- Isso é coisa do passado.
- Pra você que nasceu solto no mundo. - ele passa os dedos em minha boca afim de me provocar.
Ele não perde por esperar... Amanhã eu vou na casa dele dar um trato no seu brinquedinho. Vou aproveitar e pegar uns produtos de sexy shop que a Anna comprou para revender. Talvez eu devesse usar umas algemas...
50 tons de Sol !
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Boaaaa noite meus amores!! Me desculpe a demora para postar, é que esses dias foram corridos, mas estamos aqui... Espero que estejam gostando da história.
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GiraSol
RomanceSol mulher que carrega no coração o desejo de encontrar o amor verdadeiro, mas cujos caminhos parecem sempre levar a desencontros e desvios inesperados. Este é o cenário encantador e emocionante de "Girasol", uma história que nos apresenta, uma jove...