Sol mulher que carrega no coração o desejo de encontrar o amor verdadeiro, mas cujos caminhos parecem sempre levar a desencontros e desvios inesperados. Este é o cenário encantador e emocionante de "Girasol", uma história que nos apresenta, uma jove...
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Hoje eu estou afim de ficar de bobeira o dia todo. Estou apenas ajeitando o quarto e guardando um dos presentes que Martin me deu. Ele não tem muito jeito para comprar as coisas, mas devo dizer que acertou no brinco de brilhantes foleado a prata, vou usar no ano novo.
Entro no Facebook e não há nenhuma mensagem de Natal vinda de Nicolas. Eu deixei uma pra ele ontem, possívelmente está ocupado demais com Sônia.
Coloco uma música no YouTube e bailo pelo quarto como se eu fosse uma dançarina famosa. Emmy dormiu aqui ontem, ela e Nando passaram o Natal conosco e no fim da noite foram comemorar com a família dele que mora no nosso antigo bairro.
Ela está feliz e isso me deixa feliz também. Hoje eu convidei Martin para almoçar aqui em casa, minha mãe vai fazer lasanha.
Deixo minha dança de lado e vou para a cozinha fazer companhia para minha rainha. Eu amo minha mãe, ela é como uma melhor amiga pra mim, embora eu ainda não tenha contado que não sou virgem, com certeza ela surtaria com isso. Meus pais ainda vivem na década de 80 e tem dificuldades para aceitar as mudanças que o mundo teve ao longo dos anos. Certas coisas ainda são motivo de alarde para eles.
- Bom dia filha, como passou a noite? - pergunta com um sorriso meigo.
- Bom dia mãe. - dou um beijo em suas bochechas marcadas pelo tempo. - Dormi como uma pedra.
- A que horas o Martin vem?
- Creio que as 12hr. Avisei que não costumamos comer cedo. - nossa, ninguém faz uma quitanda como minha mãe.
Eu termino meu café e ajudo minha mãe com os afazeres. Eu não cozinho tão bem como ela, mas sei fazer algumas coisas. Eu sou apaixonada por sobremesas por isso eu faço um pavê de chocolate dos deuses para acompanhar o sorvete de creme.
Depois de ajeitar tudo eu corro para tomar um banho e me arrumar. Eu gosto de fazer babyliss no cabelo, passar um rímel e um batom vermelho. Apesar de não me aceitar como deveria por ter um corpo fora dos padrões, eu gosto de me arrumar, principalmente para Martin.
- Oi princesa. - ganho um selinho e me derreto com a perfeição desse garoto.
- Oi bebê. Entra, estávamos te esperando. - segurando sua mão eu o conduzo para a cozinha. Meus pais estão em uma conversa sobre o Natal quando chegamos.
- Bom dia pessoal. - cumprimenta um tanto quanto tímido.
- Bom dia, sente-se e fique a vontade. - meu pai diz enquanto eu me sento na ponta da mesa ao lado do meu amado.
Minha mãe coloca algumas vasilhas sobre a mesa e meu estômago dá pulos de alegria.
- Isso está cheiroso. - Martin comenta com Naldo que está olhando atentamente a travessa em sua frente.
- Ninguém cozinha como minha sogrinha. - acho engraçado ele chamar minha mãe assim, mesmo que o casamento dos dois seja recente.
- Como está a vida de casados? - meu pai pergunta colocando uma colher de arroz no prato.
