Sol mulher que carrega no coração o desejo de encontrar o amor verdadeiro, mas cujos caminhos parecem sempre levar a desencontros e desvios inesperados. Este é o cenário encantador e emocionante de "Girasol", uma história que nos apresenta, uma jove...
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Já faz dois meses desde minha última briga com Martin. As aulas na faculdade voltaram e eu estou super empolgada para esse novo semestre. O motivo da minha animação é porque teremos uma viagem para praia daqui dois meses.
Eu nunca fui na praia, então esse é um grande sonho para mim bem como uma ótima oportunidade de viajar por um preço baixo. Mal posso esperar para contar aos meus pais essa novidade. Talvez meu pai até me ajude a pagar já que no momento eu não estou trabalhando.
- Você vai né Sol? - questiona Faria sorrindo alegremente. Devo confessar que Faria é até atraente. Seus cachinhos dão um toque fofo nesse rostinho de bebê.
- Sim, estou muito animada. - respondo retribuindo o sorriso.
- Eu também vou Solzinha. - grita Soares e Nicolas se aproxima colocando a mão sobre meu ombro.
- Eu vou juntinho de você. - sussurra em meu ouvido enquanto o resto da turmo nós olha curiosamente. Discretamente eu me desvio dos seus braços, um tanto quanto envolvida pelo seu cheiro.
- Dessa vez sou eu quem vai ir sentada com a Sol.
Me preparo para a discussão que vai começar entre Nicolas e Faria.
- É Sol você está concorrida. - brinca Soares mexendo no bracelete em torno do meu pulso.
Eu estou um tanto constrangida. Na semana passada Soares tentou segurar minha mão enquanto estávamos a sós vindo do anfiteatro. Ele ficou sem graça e afirmou estar apenas brincando.
Na hora do intervalo as coisas continuam da mesmos forma. Nicolas vai ficar com Sônia, Soares com sua amada, eu fico com Cleusa e Faria fica dividido entre conversar comigo e com alguns amigos de outros cursos.
- Quero tanto ir nessa viagem.
- Nós vamos Cleusa, vai ser muito legal, e temos dois meses para pagar.
- É verdade, eu nunca fui na praia, mas não sei se posso ficar tanto tempo fora por conta do meu velho. - diz pensativa.
Seu Thomaz é um senhor de 70 anos, gordinho e cheio de boas piadas. Ele sempre me faz rir quando eu os visito. Seu filho Edgar também se tornou um grande amigo. Costumamos cantar juntos quando passo parte da tarde em sua casa. Somos amadores e cantamos apenas para passar o tempo. Ele namora com uma garota que eu nem mesmo conheço e a Cleusa não parece se simpatizar muito por ela.
Edgar faz administração e é um cara muito educado e legal. Compartilhamos o banco do ônibus algumas vezes. É sempre uma distração vir conversando com ele.
- Oi mãe, Sol. - falando nele. Edgar me cumprimenta e eu não posso deixar de botar o cheiro bom que ele tem.
- Oi Edgar. Sente-se aqui conosco. - me ajeito e dou espaço pra ele na pequena mureta em frente a porta. Eu e Cleusa contamos sobre a viagem e ele parece ficar animado. Quando sobra lugar nosso coordenador sempre abre vaga para outros cursos.
