MAYBE YOU COULD CHANGE ME

feelings for her?

LAUREN's point ot view;

Não tive contato com Camila por duas semanas e por algum motivo estranho não me senti bem com isso, não havíamos trocado números de telefone e nenhum outro meio de comunicação, única coisa que eu tinha era o número de Dinah que anotei no hospital para não ficar usando o celular da Camz. É, eu dei um apelido pra ela.

Na manhã de segunda-feira eu estava sem nenhuma vontade de ir para a escola, mas me lembrei que Camila havia me dito no hospital que ia se transferir para lá essa semana, e então levantei da cama em um pulo e fiz minha higiene pessoal, tomei um banho muito relaxante e vesti uma calça jeans preta, uma camisa de botões xadrez nas cores vermelho e preto, e um coturno, deixei meu cabelo solto e ele estava muito escuro, o que me fez sorrir. Desci e encontrei minha mãe, Clara, e meu pai, Mike, na cozinha tomando café da manhã.

– Bom dia família, cadê a Tay? – Disse dando um beijo em cada um.

– Bom dia filha, dormiu bem? – Perguntou meu pai. – Está dormindo ainda.

– Sim, pai – Menti. Pois, por algum motivo estranho, eu não havia dormido muito essa noite, meu pensamento estava tão longe que nem ao menos eu sabia onde ele estava. – Ata.

– Que bom, quer que eu te leve pra aula ou vai ir de carro? 

– Vou de carro né, pai. – Disse rindo.

– Tudo bem, tudo bem. – Riu.

– Filha, vai se atrasar, come logo. – Disse minha mãe pela primeira vez.

– Sim, sim, já terminei, vou pegar minhas coisas e as chaves, até mais tarde! – Disse saindo da mesa e indo até meu quarto pegar minhas coisas, passei na mesinha perto da porta onde sempre deixamos os molhos de chaves e me dirigi á garagem para pegar o carro e ir para a escola.

Meus pais trabalham muito mas nunca foram ausentes e sempre me apoiaram nas minhas escolhas, eu sempre fui uma filha muito chegada ao meu pai, ao contrário de Taylor, minha irmã, que era mais apegada a minha mãe. Eu tinha um irmão, Chris, mas ele já era casado com uma mulher muito querida e não morava mais com a gente, nos víamos apenas em datas comemorativas.

Cheguei a escola e estava tudo normal, como todo dia. Avistei Ally sentada em um banco mexendo no celular, me aproximei dela e dei um grito. Ela me olhou com os olhos arregalados e colocou a mão no peito.

– Lauren... sua... – Disse ainda se recuperando –  Vaca! – Me olhou furiosa.

Eu não conseguia parar de rir, quase chorava, aquilo era tão divertido, ver a cara de medo dela por nada era a melhor parte. Já estava ficando sem ar de tanto rir e ela ainda estava ali me olhando incrédula pelo o que eu havia feito. Dei um suspiro.

– Ai, ai! Mas eai, Allyson, o que tanto mexe nesse seu celular ?

– Troy –- Foi tudo o que ela disse e também não precisava dizer mais nada, eu entendia perfeitamente.

Troy era namorado da Ally desde sua festa de aniversário, aquela que eu comentei ter conhecido Drew. Ele foi um fofo e se declarou para ela na frente de todos e ainda pediu a mão dela em namoro para seus pais, o que foi um ato muito respeitado pelos pais da Ally, pois eles são todos religiosos e cheios de manias para agir perfeitamente e santamente dentre a sociedade.

– Ah!

O sinal tocou e fomos para as salas. Como Ally era dois anos mais velha que eu e eu tive que repetir um ano, fomos para salas diferentes mas normalmente depois que eu completo os exercícios mais fáceis, sempre trocávamos SMS, e com Vero também, minha outra melhor amiga, que estudava na mesma sala que Ally.